A exposição “Emoções, hoje apresentada na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, reúne a visão dos fotógrafos da Agência Lusa dos sentimentos e sensações vividos pela seleção portuguesa de futebol nas fases finais das competições internacionais.
“Quando lançaram à Lusa o desafio de fazer uma exposição, houve uma coisa que foi a minha preocupação: tentar procurar imagens que transmitissem algo, que houvesse uma ligação entre elas. E se repararem não existe nenhuma bola em nenhuma das fotografias”, explicou o editor de Multimédia da Agência Lusa, Paulo Carriço.
Entre as fotos patentes nas paredes da Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, há todo o tipo de emoções: a euforia de Cristiano Ronaldo na celebração de um golo, a tristeza de Rui Costa na final perdida no Euro2004 ou a esperança no rosto de um adepto anónimo em qualquer ponto do país.
Paulo Carriço reviu milhares de imagens durante uma semana, foi selecionando as suas fotos preferidas até conseguir reduzi-las às que merecem destaque em “Emoções”.
“O futebol é um conjunto de paixões, mas também é de emoções, por isso o título da exposição foi ‘Emoções’. Com base neste título, a pesquisa que fiz foi a procurar emoções, desde o jogador, o treinador, o adepto do estádio ao adepto que vive o jogo em qualquer cidade do país. Esta exposição, no fundo, é relembrar as fases finais de europeus e mundiais em que estivemos neste século”, destacou.
De acordo com o responsável pela exposição, houve a preocupação de contar, não a história dos Mundiais, mas sim a da seleção portuguesa nesses momentos decisivos, com as 35 fotos individuais e 47 reunidas num painel a retratarem a progressão de Portugal nas competições.
“A sequência das imagens acaba não com alegria, mas como alguma tristeza, porque nunca fomos campeões da Europa, nem campeões do Mundo”, lamentou, indicando que a ideia surgiu no âmbito da presença de Portugal no Mundial2014, que começa a 12 de junho, no Brasil.
Para o fotógrafo António Cotrim, cujas fotos estão incluídas em “Emoções”, o que importa em qualquer uma das fotos que percorrem os Europeus ou Mundiais é o momento.
“O momento de termos a foto certa para contarmos a história do jogo. A alegria, a tristeza, a vitória, a derrota”, disse, revelando que aqueles que fotografou e mais o marcaram foram a mão de Abel Xavier contra a França, nas meias-finais do Euro2000, e as lágrimas de Rui Costa na sua despedida da seleção.