O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) considerou hoje «um absurdo» atribuir-lhe quaisquer responsabilidades caso clubes e selecções nacionais sejam sancionados por FIFA e UEFA na sequência de um eventual «chumbo» aos novos estatutos federativos.
«A direcção da FPF fez tudo, desde o primeiro momento, para que os novos estatutos fossem aprovados, tentando encontrar plataformas de entendimento e apelando sucessivamente ao bom senso de todas as partes envolvidas», disse Gilberto Madail à agência Lusa, em resposta às acusações hoje formuladas pelo presidente da Associação de Futebol do Porto, Lourenço Pinto.
O dirigente associativo afirmou que «eventuais sanções aos clubes portugueses e seleções serão da responsabilidade da FPF e não de quem vota livre e conscientemente».
Para Gilberto Madail, «é um absurdo falar em responsabilidades de quem se tem esforçado pelas mais diversas formas e em várias ocasiões para ultrapassar este impasse».
Segundo o presidente da FPF, «a lei [Regime Jurídico das Federações Desportivas] aprovada está em vigor e a FPF não pode alterar a legislação» e recordou «que esta é a quarta Assembleia-Geral convocada sobre este assunto».
Confrontado com outra declaração de Lourenço Pinto, que acusa a FPF de sonegar informação aos organismos internacionais, Gilberto Madail foi peremptório: «Toda a informação tem sido enviada completa e correctamente para a UEFA e para a FIFA».
«O próprio regime jurídico foi traduzido e enviado para Nyon e Zurique, tal como as questões específicas levantadas por alguns sócios em relação à compatibilidade do regime jurídico português com os estatutos da UEFA e da FIFA», sublinhou.
O líder da FPF acrescentou: «Mantivemos e mantemos sempre informados os sócios do processo e por isso enviámos-lhes recentemente toda a correspondência trocada com a UEFA e com a FIFA».
Segundo Madail, «os organismos internacionais acompanham, em permanência, este processo e foram absolutamente claros nas suas posições. Quer a FIFA quer a UEFA disseram que tinham toda a informação e foram inequívocos a dizerem o que pensam e o que podem fazer a curto prazo caso os novos estatutos não sejam aprovados».
«Apelo, mais uma vez, ao bom senso de todos», sublinhou o líder federativo, concluindo: «Mais do que dizer que se tem razão ou esgrimir argumentos, é altura de pensar em evitar graves prejuízos para todo o futebol português».
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