O embaixador português na Rússia, Paulo Vizeu Pinheiro, confia no êxito da seleção lusa no Mundial2018, reforçando essa esperança com o apoio dos russos e a sensibilidade partilhada pelos diplomatas ‘rivais’ Espanha, Marrocos e Irão, no Grupo B.
“Estiveram cá todos há dias na embaixada. O meu colega espanhol está naturalmente bastante entusiasmado com o primeiro jogo e acredita que vai ser muito equilibrado. Acho que a seleção espanhola também tem grande consideração e respeito pela nossa. Vai ser um jogo muito difícil, mas não há jogos impossíveis”, vincou.
Em declarações à Lusa, disse que o embaixador marroquino destacou o percurso imaculado da sua “grande seleção africana” no apuramento e revelou que este considerou que o embate com Portugal será um dos “grandes desafios” neste Mundial.
“O Irão foi o que me falou menos, mas disse que contavam com um grande trunfo que era ter um selecionador português. Esperavam que Carlos Queiroz os guiasse para fazerem uma grande prova. São todas equipas muito fortes, como diz (o selecionador nacional) Fernando Santos”, acrescentou.
Paulo Vizeu Pinheiro garante ainda uma vantagem extra para a equipa das ‘quinas’, considerando que esta vai ter o apoio dos russos, à semelhança do que aconteceu na Taça das Confederações de 2017, concluída com o terceiro lugar.
“Os russos apoiaram muito a nossa seleção nos jogos em que não atuavam, quando Portugal defrontava um país grande. Depois do embate em que lhes ganhámos, a maior parte dos adeptos russos – e das pessoas na rua – estavam a torcer por Portugal. Pode ser um aliado”, contou.
O embaixador assume que “já não há equipas de segunda ou terceira categoria, pelo que entende que é importante a capacidade de Fernando Santos para “disciplinar a humildade” do grupo ao qual acrescenta “determinação para a vitória”.
“A fronteira entre o favorito e o excelente candidato é sempre muito ténue. Vai depender do espírito e da disciplina. Aprender em cada jogo. Do comportamento da equipa. Há sentimento de calma, esperança calma, serena. Com a experiência do Euro2016 e jogos preparatórios. Temos não apenas uma estrela, mas uma constelação de grandes jogadores. É uma convicção, não é palpite”, realçou.
Paulo Vizeu Pinheiro garante: “Temos uma excelente seleção, que vai muito alem do talento do Cristiano Ronaldo. Vi o encontro (da seleção) com o presidente da República. Se fosse um interpretador de gestos e palavras, fiquei com a impressão de que estamos com muito bom espírito”.
Diz ainda que Cristiano Ronaldo “é um modelo de superação, de persistência na vitória, perante as dificuldades continuar, plataforma de publicidade e de simpatia”.
Certo é que se Portugal for campeão do Mundo, a 15 de julho, dia da final, será “feriado” na embaixada de Moscovo: “Aqui será de certeza. Será um dia de grande celebração, espero que não inferior à da nossa vitória no Europeu”.
Portugal integra o Grupo B do Mundial de 2018 e estreia-se na sexta-feira frente à Espanha, em Sochi, defrontando a 20 de junho Marrocos, em Moscovo, e a 25 o Irão, em Saransk.
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