A muito renovada seleção de sub-21 de Portugal venceu hoje a Escócia, por 3-2, em encontro de preparação para a qualificação para o Euro2015 da categoria, apesar de ter estado a perder, ao intervalo, por dois golos.
A nova “fornada” provou, neste seu segundo jogo (o primeiro resultou numa derrota frente à Ucrânia), ser “matéria-prima” com ambição e talento, recheada de jogadores com pouca - ou nenhuma – participação no escalão, destacando-se o benfiquista Luís Martins (três participações) e o portista Sérgio Oliveira (duas), jogadores com alguma experiência nas provas profissionais dos seus clubes.
O conjunto português começou o jogo com a vontade e o empenho revelados até final, mostrando algum entrosamento e “escola”, nomeadamente na construção de jogo em transição, por contraste com a “matreirice” do adversário, que surgiu apostado no erro da equipa da casa.
Mas, no primeiro tempo, a falta de rotinas sobrepôs-se à vontade de ter posse da bola e disso fazer perigar a defensiva escocesa, que se mostrou, então, bastante eficaz.
Daí que, aos 12 minutos, na sequência de um canto, Islam Feruz, avançado do Chelsea, subiu mais alto do que os centrais portugueses e desviou de cabeça para o golo, contando ainda com a intervenção do guardião Luís Ribeiro.
O mesmo jogador, aos 21 minutos, ganhou em velocidade aos defesas lusos e, aproveitando nova saída em falso de Luís Ribeiro, fez o segundo golo escocês.
Aos 50 minutos, Portugal esteve muito perto do golo, mas o remate de Amorim, após boa jogada de Aldair na direita, “saiu” defeituoso, quando tinha tempo e espaço para escolher o lado da baliza.
Dois minutos depois, Paulo Oliveira deu “corpo” ao ascendente da equipa de Rui Jorge e cabeceou para o 1-2, após canto na direita, corredor onde Aldair se mostrava muito eficaz.
E foi o jogador do Penafiel que fez o segundo golo, após ganhar, em velocidade, espaço frente ao guardião, cuja oposição não impediu que a bola lhe passasse por cima e entrasse na baliza, apesar do esforço de um dos defesas, que quase o impediu.
Aos 68 minutos, o árbitro assinalou uma grande penalidade a favor de Portugal, num lance que levantou muitas dúvidas (alegadamente, bola jogada com a mão), muitos protestos escoceses, e que resultou no 3-2 para Portugal, por intermédio de Sérgio Oliveira, o marcador do livre “fatal”.
Até final, e à custa das várias substituições operadas, a seleção lusa preocupou-se em gerir a vantagem, mas sempre sem perder o caráter com que deu a volta ao resultado.
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