O candidato à presidência do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pela lista de Carlos Marta quer que os processos sejam resolvidos em 30 dias, «combatendo o mediatismo e a pressão com eficácia e celeridade».

Candidato ao cargo que ocupa desde 2010, Joaquim Sampaio Nora quer aplicar a «regra dos 30 dias para a resolução dos processos», em entrevista a divulgar no sítio oficial da candidatura de Carlos Marta na Internet, a que a agência Lusa teve acesso.

«Tomámos como regra [na Lista 1 candidata a vários órgãos da FPF] que o processo não pode demorar mais de um mês, embora seja claro que esta regra deverá ter as suas exceções, nomeadamente quando há processos urgentes, como a resolução de recursos que estão a impedir o normal desenrolar de uma competição», afirmou Sampaio Nora.

Para tal, «se o Conselho de Justiça (CJ) tiver de reunir mais do que uma vez por mês, então que reúna duas vezes», sustentou o candidato.

Para Sampaio Nora, é fundamental que se «acabem as discussões» relacionadas com as decisões do CJ, assinalando as maiores adversidades nesse sentido: «Se cumprirmos os prazos, se as decisões forem devidamente fundamentadas, de facto e de direito, é fácil lidar com o aumento do mediatismo e da pressão».

O CJ decorrente das eleições de 10 de dezembro vai ser constituído com recurso ao método de Hondt, o que deverá obrigar à convivência entre eleitos das listas de Carlos Marta e de Fernando Gomes [lista 2], o que «não será complicado», assegura Sampaio Nora.

«O órgão será composto por pessoas com a mesma formação jurídica, com a mesma prática, sejam magistrados, advogados ou apenas juristas», pelo que «quando o objetivo é aplicar as leis, as divergências ultrapassam-se através da votação», defendeu.

Sampaio Nora foi membro do CJ da Federação de 1993 a 1998, ao qual regressou, na qualidade de presidente, em novembro de 2010, e concorre diretamente contra o juiz conselheiro Manuel Fernandes Santos Serra, que já foi presidente do Supremo Tribunal Administrativo.

Carlos Marta, presidente da Câmara Municipal de Tondela, e Fernando Gomes, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, são os candidatos à presidência da Direção da FPF, nas eleições de 10 de dezembro.