O avançado Francisco Trincão, do FC Barcelona, e o guarda-redes Rui Silva, do Granada, estrearam-se hoje nos convocados da seleção portuguesa de futebol, para os embates frente a Croácia e Sérvia, para a Liga das Nações. Destaque também para a chamada de Anthony Lopes, guarda-redes do Lyon, que não era convocado desde o Mundial 2018.
Chamada de Trincão: "Faz parte desta convocatória, se vai ser presença habitual ou não depende da nossa análise. Resolvemos chamar, a ele e ao Rui Silva, para os conhecermos melhor e para a integração no grupo. Na próxima convocatória iremos. Agora foram dois, na próxima talvez com mais para podermos ir afinando aquela que será a equipa que vai disputar o Euro."
Regresso de Anthony Lopes: "Ele não foi convocado por aquilo que fez na Champions, já esteve no Euro e no Mundial e desde logo se percebe o que o selecionador nacional pensa dele. É um guarda-redes de grande qualidade em quem confio em absoluto. Eu já expliquei isto: o Anthony Lopes, depois da Rússia, pediu-me [para não ser chamado] por razões familiares, que foram complicados, sérios, não lhe permitiam estar ausente de casa bastante tempo. Felizmente isso está ultrapassado. Já antes do novembro, quando foi o sorteio, tive oportunidade de falar com ele e já estaria em condições de ser convocado em março, caso os jogos tivessem acontecido. Felizmente as coisas melhoraram muito. Ele nunca saiu da seleção. Isso acabou."
Convocatória com jogadores em diferentes etapas: "Contam sempre o estado do jogador, a sua forma, o tempo de jogo. Muitas vezes, há jogadores equivalentes, mas uns estão a competir e outros não. É apenas um método de escolha, como há outros, quando tens quatro jogadores para duas posições. Quando há quatro com a mesma qualidade há dois para o objetivo, pesam esses fatores."
Dificuldades para a convocatória: "Temos esta condicionante, que é um aspeto importante: apesar de habitualmente estarmos muito tempo sem jogadores, apenas com contacto direto de três em três meses, mas em observação permanente, este [a pandemia e a paragem forçada] é um dado novo, em que houve 10 meses sem conversa direta, tirando algumas mensagens trocadas. Temos pouca informação e é um caso anormal e isso poderá ter tido o aspecto mais importante para esta convocatória. Se fosse criar critérios únicos, era impossível fazer a convocatória. O que fizemos foi chamar para estes dois jogos, e não tendo tempo para treinar, a solução foi optar em 95 por cento da convocatória por aqueles que há mais tempo estão connosco, os que estão habituados, que se conhecem. Não na totalidade, mas foi esse critério"."
Objetivos para os próximos jogos: "Estes jogos da Liga das Nações são para ganhar, nunca entramos sem este objetivo. Mas, ao mesmo tempo, tenho que aproveitar esta competição para começar a pensar no Campeonato da Europa em 2021. Estivemos muito tempo sem nos encontrarmos, houve jogadores que mudaram de clube e jogam com outros sistemas, tudo isto vai ter que ser pensado estrategicamente para preparar esta equipa para Europeu, será assim baseada a convocatória nestes três jogos. É natural que nas próximas convocatórias alguma coisa mude, até nos número de jogadores que serão chamados".
A seleção portuguesa, detentora do título, vai defrontar a Croácia, em 05 de setembro, no Estádio do Dragão, no Porto, e a Suécia, no dia 08, em Solna, nos arredores de Estocolmo, no arranque de nova edição da Liga das Nações.
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