Em dez jogos com a Dinamarca, Portugal apenas perdeu dois, mas foram precisamente os mais recentes, sendo que o último provocou uma crise de resultados da equipa de Carlos Queiroz, complicando as contas do apuramento para o Mundial'2010 de futebol, na África do Sul.
O desaire 3-2 com os nórdicos em Alvalade a 10 de Setembro de 2008 constituiu o primeiro de quatro desafios consecutivos sem vitórias no Grupo 1, resultados que agora traduzem num inesperado e comprometedor terceiro lugar com nove pontos em seis jogos (igual à Suécia), a quatro da Hungria e a distantes sete da líder Dinamarca.
A euforia do 2-1 marcado por Deco já aos 86 minutos - depois de uma mão cheia de oportunidades flagrantes desperdiçadas pela Selecção Nacional - deu lugar ao choque e incredulidade com a reviravolta já nos descontos.
A primeira derrota no longo historial frente à Dinamarca registou-se apenas em 2006, em Brondby, quando os lusos foram derrotados por 4-2, na preparação para o Mundial, interrompendo então um ciclo de oito desafios sem perder.
Se a história tivesse, desta vez, algum peso, Portugal ainda poderia sorrir, pois em seis desafios oficiais ganhou quatro, perdeu um e empatou outro (14-6 em golos): em particulares, venceu três e perdeu apenas um (8-6). Assim, no total, em dez encontros os lusos somam sete vitórias, um empate e duas derrotas, mantendo um saldo claramente favorável de golos (22-12), sete dos quais sofridos nos últimos dois jogos.
No entanto, e apesar do saldo positivo, a verdade é que nas duas vezes que encontrou a Dinamarca em fases de qualificação, Portugal acabou por falhar o apuramento, primeiro para o Europeu de 1972, na República Federal Alemã, e depois para o Mundial de 1978, na Argentina.
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