Com um panorama muito complicado à entrada para a última jornada dupla, Portugal acaba por terminar numa posição que é um “mal menor”, depois de dois triunfos (3-0 à Hungria e 4-0 a Malta) e a preciosa ajuda da Dinamarca.
O triunfo dos dinamarqueses na recepção aos vizinhos suecos (1-0, sábado) acabou por ser a “chave” da salvação da formação das “quinas”, que, assim, passou a depender de si própria para chegar ao “play-off”. Hoje não falhou.
Uma goleada a Malta, em Guimarães, com tentos de Nani, Simão, Miguel Veloso e Edinho, colocou Portugal na rota de ucranianos, irlandeses, eslovenos e bósnios: um destes quatro será o adversário nos “play-off”.
O sorteio está marcado para segunda-feira e Portugal beneficia do estatuto de cabeça-de-série (é um dos quatro melhores colocados, entre os que se qualificaram para o “play-off”, no “ranking” da FIFA, que será publicado sexta-feira) para evitar França, Rússia e Grécia.
Em termos teóricos, a Ucrânia, entre outros de Andrei Shevchenko, agora de regresso ao Dínamo de Kiev, é a selecção mais poderosa e a que trás à memória a última má recordação lusa no que se refere a fases de qualificação.
Desde o Euro96, Portugal apenas falhou o Mundial de 1998 e isso ficou a dever-se, em grande parte, à Ucrânia, nomeadamente a um desaire por 2-1 sofrido em Kiev.
Apesar de, nas demolidas Antas, ter ganho por 1-0, com um tento de Fernando Couto, Portugal acabou por ficar em terceiro no Grupo 9, com 19 pontos, contra 20 da Ucrânia, que rumou ao “play-off”, e 22 da Alemanha, apurada directamente.
A República da Irlanda, de Robbie Keane, também não será, certamente, um adversário fácil, mas, ao contrário dos ucranianos, trás excelentes recordações, nomeadamente de um noite de chuva no antigo Estádio da Luz.
A 15 de Novembro de 1995, golos de Rui Costa, Hélder Cristóvão e Jorge Cadete, valeram um triunfo por 3-0 sobre os irlandeses e um lugar no Euro96.
Mais recentemente, Portugal voltou a encontrar a República da Irlanda numa fase de apuramento, agora para o Mundial de 2002, e foi novamente feliz: o saldo foi “nulo”, com dois empates a um, mas o “onze” de António Oliveira venceu o agrupamento e qualificou-se directamente.
A Eslovénia e a Bósnia-Herzegovina, dois países nascidos da ex-Jugoslávia, nunca defrontaram Portugal em jogos oficiais, e parecem ser os oponentes mais “simpáticos”, mas ambos possuem jogadores de grande qualidade, nomeadamente os bósnios, com Edin Dzeko e Zvjezdan Misimovic (ambos do Wolfsburgo) e Vedad Ibisevic (Hoffenheim).
O sorteio do “play-off” realiza-se segunda-feira, em Zurique, na Suíça.
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