A Sampdoria denunciou hoje ameaças contra os seus dirigentes depois de ter sido descoberta em frente à sede do clube, em Génova, um pacote que continha uma cabeça de porco no seu interior com uma mensagem ameaçadora.
Segundo a imprensa italiana, nomeadamente a agência ANSA e o jornal La Repubblica, a citada mensagem, anónima, visava diretamente o ex-presidente Massimo Ferrero, ainda dono da Sampdoria, e o atual vice-presidente, Antonio Romei.
Este episódio ocorre durante uma temporada muito conturbada para a Sampdoria, atual 19.º classificado da Serie A, em zona de despromoção, e na qual o clube teve de negociar recentemente um acordo com seus jogadores para evitar uma sanção desportiva, após ter deixado atrasar o pagamento de salários.
Em comunicado, a Sampdoria manifestou a sua “profunda indignação” com o que considera ter sido “um grave ato de intimidação” na sequência do episódio ocorrido esta manhã junto à sede do clube.
“Um ataque a um membro do conselho de administração constitui um ataque a todos”, fez saber o clube, que alertou para a “fase delicada” que atravessa enquanto aguarda “a transição para um novo dono”.
O atual dono, Massimo Ferrero, teve de renunciar à presidência em dezembro de 2021, depois de ter sido preso na sequência de um processo de falência fraudulenta, quando se preparava, de acordo com vários meios de comunicação, para vender o clube.
A Liga italiana também manifestou a sua “solidariedade” com a Sampdoria, por esta ter sido “alvo de um episódio lamentável, a condenar nos termos mais firmes”.
"Gestos indecentes como estes não são admissíveis, pois mancham a imagem de quem ama o desporto e o futebol. Não pode nem deve haver espaço para estas ameaças", acrescentou o organismo, em nota enviada à imprensa.
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