O FC Porto conquistou a sua 24ª Supertaça Cândido de Oliveira, ao vencer no Estádio Municipal de Aveiro o Sporting por 4-3, naquele que foi um grande jogo de futebol.

Os leões apanharam-se a vencer por 3-0 ainda na primeira parte, mas os comandados de Vítor Bruno souberam responder à altura e fizeram aquilo que parecia improvável e conseguiram levar o jogo para prolongamento, tendo aí a sorte do jogo, graças ao golo de Iván Jaime, consumando assim a reviravolta no marcador.

Entrada de leão e uma réstia de esperança

Rúben Amorim e Vítor Bruno apresentaram ambos onzes com algumas surpresas. Do lado dos leões, e perante as ausências de Nuno Santos e Matheus Reis, Amorim fez alinhar Geny Catamo e o jovem Geovany Quenda, promovendo também as estreias oficiais de Kovacevic e Zeno Debast com a camisola dos campeões nacionais.

Já Vítor Bruno também lançou muita juventude no onze, com Martim Fernandes a ocupar a lateral esquerda, e Gonçalo Borges a desenhar o tridente ofensivo dos dragões com Danny Namaso e Galeno. Dos internacionais, apenas Diogo Costa foi titular, isto enquanto Eustáquio começou a partida no banco de suplentes. Francisco Conceição, Rodrigo Mora, Pepê, Wendell e Evanilson ficaram fora da ficha de jogo.

Os dragões entraram fortes na partida, pressionando alto um Sporting que, nos primeiros minutos teve muitas dificuldades em sair a jogar, principalmente através de Debast; aos 4 minutos o belga ia comprometendo ao perder a bola quando Kovacevic estava fora da baliza, felizmente para os leões o chapéu de Namaso saiu um pouco por cima.

O Sporting soube reagir à entrada forte do adversário e mostrou total eficácia. Aos 6 minutos, e através de um canto curto, Pedro Gonçalves colocou a bola na cabeça de Gonçalo Inácio que inaugurou o marcador.

A equipa de Alvalade tranquilizou-se com a vantagem e aumentou a vantagem três minutos depois; arrancada fulgurante de Gyokeres pela esquerda com o sueco a servir no coração da área Pedro Gonçalves, que finalizou da melhor maneira para o segundo dos campeões nacionais.

Com dois golos de rajada, os leões passaram a controlar a partida, procurando aproveitar espaços deixados pela natural subida dos portistas; aos 16 minutos os comandados de Rúben Amorim estiveram muito perto do terceiro mas Gyokeres, de cabeça, fez o que não costuma fazer: falhar.

Os azuis e brancos tentavam reagir à desvantagem, mas mostravam pouca clarividência no último terço; o primeiro remate à baliza ocorreu aos 22 minutos por Galeno para defesa segura de Kovacevic.

Aproveitando a muita mobilidade do seu ataque, o Sporting ia conseguindo criar mais perigo junto da baliza de Diogo Costa, muito através do lado esquerdo, com combinações entre Geny, Gyokeres e Pedro Gonçalves. Esse triunvirato fez estragos aos 24 minutos; Gyokeres cruzou na esquerda e Quenda, dentro da área, fez o 3-0.

Mas quando o jogo poderia mostrar um domínio total do Sporting, eis que os portistas conseguiram ainda manter a esperança; 28 minutos e uma má abordagem de Debast deixou Galeno na cara de Kovacevic, que não teve dificuldades em fazer o 3-1.

Até ao intervalo a partida baixou de ritmo e não trouxe mais lances dignos de menção até ao apito de João Pinheiro

Responder na mesma moeda

A segunda parte começou numa toada bem mais calma, em comparação com os primeiros 45 minutos; apesar de estar em vantagem, era do Sporting a iniciativa de jogo, procurando não dar grandes veleidades a um FC Porto que procurava voltar a explorar um eventual erro adversário para ameaçar as redes de Kovacevic.

Tal como na primeira parte, os leões iam usando o corredor esquerdo para conduzir a maioria das jogadas de ataque, muito através da velocidade de Geny Catamo e das combinações com Pedro Gonçalves.

Perante uma total inoperância ofensiva, Vítor Bruno resolveu mexer, fazendo entrar Iván Jaime e Eustáquio, para os lugares de João Mário e Grujic. O efeito foi praticamente imediato pois, da mesma maneira que o Sporting fez dois golos de rajada, os dragões fizeram o mesmo, empatando a partida.

Aos 64 minutos Gonçalo Borges surge na esquerda, cruza para o coração da área e Nico González remata para o 3-2. Empolgados pelo golo, os azuis e brancos continuaram por cima e, praticamente a seguir, chegaram ao empate; Eustáquio foge pela esquerda e cruza para o segundo poste onde surge Galeno a fazer o empate e a levar os adeptos portistas à loucura!

Com a partida empatada, a intensidade baixou, pelo menos dentro de campo, já que nas bancadas a animação era muita. Vítor Bruno voltou a refrescar o meio-campo com a entrada de Vasco Sousa para o lugar de Nico González, por seu lado, à entrada para os últimos minutos, Rúben Amorim ainda não tinha feito qualquer alteração. Só aos 83 minutos trocou Trincão por Edwards.

Nos minutos finais foi o FC Porto quem mais ameaçou a reviravolta; o principal lance de perigo surgiu aos 87 minutos, quando Fran Navarro, já dentro da área, obrigou Kovacevic a grande defesa. Contudo o resultado não mais se alterou e o jogo foi para prolongamento.

A sorte procura-se

No tempo-extra o Sporting entrou mais afirmativo, com um meio-campo refrescado com a entrada de Daniel Bragança, e teve grande parte da iniciativa de jogo. Amorim passou para uma defesa a quatro com as entradas de Fresneda e Mateus Fernandes, contudo foi o FC Porto que acabou por ser mais feliz; 102 e o remate de Iván Jaime, a bola bate e em Geny Catamo e trai Kovacevic.

A partir daí só deu Sporting, com os leões a fazerem de tudo para chegar ao empate, numa altura em que jogavam já com dois avançados, depois da entrada de Rodrigo Ribeiro. Contudo, os leões não mostraram discernimento suficiente para conseguir evitar uma derrota com que poucos contavam no final da primeira parte.

Com este triunfo, o FC Porto somou a sua 24ª Supertaça.