O SC Braga bateu esta noite o Estoril no Estádio Dr.Magalhães Pessoa em Leiria, conquistando assim a sua terceira Taça da Liga. A partida foi resolvida da marca dos onze metros após empate a um golo no final do tempo regulamentar. Cassiano abriu o ativo aos seis minutos, através de grande penalidade, mas Ricardo Horta, com o golo da noite, empatou o marcador aos vinte.

Na segunda parte as duas equipas arriscaram pouco, mostrando também pouca inspiração na hora de atacar, levando assim todas as decisões para os penaltis. Aí os arsenalistas foram mais eficazes e arrebataram a vitória e a Taça da Liga, a terceira da sua história.

Cassiano deu o mote, Ricardo Horta fez valer o bilhete

Para a final, Artur Jorge fez poucas mexidas na equipa inicial em comparação com o jogo da meia-final diante do Sporting, com Abel Ruiz, herói do jogo contra os leões, a entrar para o lugar de Pizzi.

Já do lado do Estoril, Vasco Seabra fez três mudanças na equipa inicial, uma delas forçada, devido ao facto de Rodrigo Gomes estar emprestado pelos minhotos, ficando assim impedido de jogar; no seu lugar alinhou Tiago Araújo.

Para além desta mudança forçada, o técnico estorilista optou também por deixar o central Volnei e o extremo Heriberto no banco de suplentes, substituídos por Pedro Álvaro e João Marques.

E o jogo dificilmente poderia ter começado melhor para os estorilistas. Três minutos de jogo e Cassiano a ser derrubado dentro da área por José Fonte e, após consultar o VAR, Fábio Veríssimo acabou por assinalar penalti; o próprio Cassiano assumiu a responsabilidade e converteu a grande penalidade no primeiro golo do jogo.

Tal como no jogo da meia-final, os canarinhos entravam no jogo a vencer, podendo agora jogar mais na expetativa perante a natural subida do adversário no terreno. Já o SC Braga procurou responder de imediato ao golo sofrido, canalizando muito do seu ataque pelos flancos, aproveitando o balanceamento ofensivo dos dois laterais.

Mas foi do miolo que nasceu a primeira oportunidade de golo dos minhotos; 12 minutos e Abel Ruiz a ser lançado em profundidade por João Moutinho, a tirar Vital do caminho, e a rematar para defesa atenta de Dani Figueira.

Os bracarenses continuaram a pressionar em busca do empate e acabaram por ser felizes pouco depois. Aos 20 minutos um canto batido na esquerda encontra Ricardo Horta sozinho à entrada da área; o capitão de equipa dos minhotos, sem deixar cair a bola, fez o golo do empate com um remate espetacular, levando ao rubro os milhares de adeptos arsenalistas.

Apesar do empate, a toada da partida não se alterou, com o Braga a continuar a ter mais iniciativa ofensiva, perante um Estoril que, apesar de procurar ter bola, assumia uma postura mais compacta, procurando recuperar a bola para fazer rápidas transições.

Depois de uns primeiros minutos jogados a alto ritmo, a partida baixou um pouco de intensidade, com as duas equipas a procurarem condicionar a construção do adversário logo à saída do seu setor defensivo. Era a partir dos corredores que Braga e Estoril procuravam a área contrária, não mostrando, contudo, muita inspiração na hora de definir.

No frio de Leiria, só se aqueceu depois dos 90

Na segunda parte o Estoril entrou disposto a dividir mais o jogo, procurando mais Guitane, praticamente ausente durante a primeira parte; os dois primeiros remates da segunda parte foram da equipa da Linha sem, todavia, criar qualquer tipo de perigo para Matheus.

Com o jogo equilibrado e as duas equipas encaixadas, os dois treinadores resolveram mexer nas respetivas equipas; Artur Jorge lançou o jovem Roger para o lugar de Álvaro Djaló, enquanto que Vasco Seabra trocava Koindredi e Cassiano por Holsgrove e Marqués.

Tal como os ares de Leiria, o jogo estava frio e com poucas probabilidades de aquecer, isto apesar dos incessantes incentivos que vinham das bancadas; os bracarenses tinham agora mais bola, mas pouca qualidade na hora de definir as jogadas de ataque.

Foi preciso esperar até aos 84 minutos para termos uma verdadeira oportunidade de golo; Abel Ruiz é lançado em profundidade e serve Pizzi que, no coração da área, remata para boa defesa de Dani Figueira. Até final, não se pode dizer que as duas equipas não procuraram o golo da vitória, contudo, nunca mostraram engenho suficiente para ultrapassar as defesas adversárias. Resultado: grandes penalidades.

No desempate por penaltis, Tiago Araújo falhou o quinto e último pontapé, dando assim a vitória aos bracarenses por 5-4.