O Sporting passou o primeiro teste na Taça de Portugal ao eliminar o Portimonense (2-1) na terceira eliminatória, numa exibição a meio gás que cumpriu os requisitos mínimos, com sofrimento à mistura. Conrad Harder foi o 'joker' que resolveu a partida com um golo tardio, mas Daniel Bragança foi o maestro do triunfo.
Ruben Amorim fez questão de rodar o onze, tendo em conta que dia tem jogo com o Sturm Graz para a Liga dos Campeões. Lançou no onze inicial Kovacevic, Esgaio, Nuno Santos, e Harder, que esta época são dos que têm menos minutos, além da grande surpresa. Bruno Ramos estreou-se pela equipa principal dos leões, aos 19 anos e com uma bela exibição.
Com tranquilidade e competência deu para os mínimos, mas não sem sofrer
O primeiro quarto de hora foi completamente de sentido único, com a equipa leonina a assumir naturalmente o domínio das operações. A posse de bola foi quase sempre feita no meio-campo algarvio, mas só conseguiram criar perigo através das arrancadas de Nuno Santos e Quenda.
Com o passar da primeira parte a tendência só se acentuava, cada vez mais, mas os jogadores do Portimonense revelaram uma exímia organização defensiva para travar a avalanche. Quando os algarvios chegavam à frente e deixavam algum espaço nas costas, os leões também não tiravam proveito.
Num dos melhores lances da primeira parte e que evidencia a questão anterior, Quenda ganhou espaço na esquerda e cruzou com qualidade para Harder, aos 27 minutos, mas o dinamarquês chegou tarde ao lance.
No canto seguinte deste lance mais eletrizante, o Sporting esteve perto do golo, não fosse um grande momento de Vinícius: a bola parada acabou na cabeça de Hjulmand, que proporcionou a defesa da primeira parte ao guarda-redes brasileiro.
À medida que o tempo foi passando, o inevitável aconteceu e a resistência do emblema algarvio foi quebrada. Numa jogada que foi sendo repetida, mas sem sucesso, Harder desmarcou-se com um belo movimento nas costas da defesa do Portimonense e não tremeu na cara do guarda-redes, rematando pata o golo inaugural (40 minutos).
O arranque do segundo tempo trouxe mais alguma agitação ao jogo, com um Portimonense mais atrevido a perceber que teria de arriscar se quisesse continuar em prova. A perda do medo permitiu criar perigo à baliza de Kovacevic, enquanto os leões respondiam à mudança com a imposição de um ritmo de jogo mais elevado.
Apesar da estratégia leonina, o elevado número de faltas assinaladas prejudicava o espetáculo, e o encontro foi ficando cada vez mais lento. Amorim tentou agitar as águas introduzindo Gyokeres e Geny Catamo, mas o filme não se alterava: Sporting a atacar e Portimonense a defender com unhas e dentes, fechando a baliza com mestria.
Num jogo marcado pelo reduzido entusiasmo, a emoção estava guardada para o final. Um canto do lado esquerdo foi parar a Alemão, que assistiu Elijah para uma finalização à ponta de lança, que empatou a partida perto do término do tempo regulamentar (87').
Mesmo feridos, os leões não baixaram a guarda e Harder bisou, dando a passagem para a próxima fase da Taça de Portugal. Daniel Bragança conduzi e Gyokeres isolou o dinamarquês, que reiterou a frieza nas horas decisivas, picando com elegância para a vitória.
Ruben Amorim pode assim respirar com mais tranquilidade, pois "ganhou" mais 30 minutos de descanso antes do duelo com o Sturm Graz, para a Liga dos Campeões e segue em frente na prova-rainha do futebol português.
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