O presidente do PSD afirmou hoje que “nunca ninguém fez tanta frente à promiscuidade entre futebol e política” como ele próprio, defendendo que António Oliveira é acionista na SAD do FC Porto “na qualidade de investidor”.
No final da reunião com o Presidente da República sobre o estado de emergência, Rui Rio foi questionado se “não constitui um problema” que o seu candidato à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia seja o maior acionista a título individual e privado da SAD do FC Porto, detendo 7% do capital, com um total de mais de um milhão e meio de ações.
“Não, e vou explicar porquê: há uma diferença muito grande se temos ações enquanto investidores (…), ele é acionista maioritário de diversas empresas. Ele nunca participou nos órgãos sociais do clube, com o FC Porto só teve contratos de trabalho, nunca usou as ações para participar na vida do clube”, disse.
Rio defendeu que ser contra “a promiscuidade entre o futebol e a política” não pode ser levado “ao fundamentalismo” de excluir uma pessoa da polícia “quando nada tem a ver com futebol há 15 anos”.
“Não poso pôr uma pessoa proscrita para dizer que sou de uma coerência levada ao extremo e, se deu alguma vez um chuto numa bola, nem pensar”, afirmou.
O líder do PSD admitiu que “coisa diferente” seria se António Oliveira pertencesse aos órgãos do clube, como diz acontecer com o seu adversário em Gaia e com o presidente da Câmara do Porto Rui Moreira.
“Alguns até se assumem como querendo ser presidente do clube, isso é que é perigoso”, afirmou.
“Nunca ninguém fez tanta frente à promiscuidade entre futebol e política como eu, nunca ninguém teve essa coragem”, acrescentou.
Sem ser questionado sobre o assunto, Rio admitiu que teve “a preocupação” de questionar António Oliveira se tinha interesses imobiliários em Gaia.
“Aí é que tinha de ter mais cuidado (…) Foi-me dito que não, que a única coisa que tem é uma vivenda onde viveu”, precisou.
Rui Rio apresentou na terça-feira o ex-selecionador de futebol António Oliveira como candidato autárquico do PSD e considerou que tem o “perfil adequado” para liderar a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
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