As mais de quatro dezenas de campanhas de desinformação sobre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris2024 tiveram um impacto limitado nos dois eventos, de acordo com um estudo hoje divulgado pelas autoridades francesas.

Realizado pelo Viginum, organismo de luta contra ingerências digitais estrangeiras, entre abril de 2023 e 08 de setembro de 2024, o estudo “identificou 43 manobras informativas sobre os Jogos Paris2024”, cerca de metade durante a realização do evento.

Por exemplo, em 26 e 27 de julho, dias da cerimónia de abertura e do arranque oficial dos Jogos Olímpicos, respetivamente, foi verificada “a difusão coordenada, por contas de influenciadores digitais na rede social X, de narrativas em língua inglesa sobre a cerimónia de abertura e comparando-a com a de Pequim2008, com “o objetivo de denegrir os valores universais e democráticos”.

De acordo com Marc-Antoine Brillant, responsável da Viginum, “os Jogos beneficiaram da mobilização de todos, governos, sociedade civil, meios de comunicação social, ‘fact-checkers’, investigadores, especialistas”, o que ajudou a que a que não houvesse influência dos atores de desinformação, que “estiveram ativos”.

O organismo refere que este estudo é sobretudo “pedagógico” e adiantou que grande parte das tentativas de desinformação envolvia interesses russos, chineses ou azeris.

“Estas manobras não conseguiram estragar a festa e o seu impacto foi limitado em relação ao volume global da audiência conseguida pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos”, disse uma fonte diplomática, citada pela AFP.

Os Jogos Olímpicos Paris2024 decorreram entre 26 de julho e 11 de agosto, com os Paralímpicos a realizarem-se entre 28 de agosto e domingo.