O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) afirmou hoje que a instituição aplicará as "sanções apropriadas" caso se provem as acusações de compra de votos na eleição do Rio de Janeiro como anfitrião dos Jogos Olímpicos de 2016.
"O COI tomará todas as medidas e aplicará as sanções apropriadas se forem apresentadas provas" das acusações do esquema corrupção que resultou na escolha do Rio de Janeiro para receber os Jogos Olímpicos de 2016, afirmou Thomas Bach.
O presidente do COI adiantou ainda que a instituição está a "acompanhar de perto" as investigações, colaborando com o Ministério Público francês há mais de um ano, fornecendo informações à investigação.
Na terça-feira, procuradores brasileiros denunciaram hoje desvios e subornos ligados à eleição do Rio de Janeiro como anfitrião dos Jogos Olímpicos de 2016, acusando o Presidente do Comité Olímpico Brasileiro (COB) de participação neste esquema.
Numa conferência de imprensa, os promotores brasileiros disseram que Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, fez a vinculação de empresários, políticos e gerentes do Comité Olímpico Internacional (COI) no suposto esquema compra dos votos que ajudou a eleger a cidade brasileira como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
A operação chamada de "Unfair Play" é o resultado de uma investigação levada a cabo por procuradores brasileiros e franceses, sendo que as primeiras denúncias sobre compra de votos na escolha da sede dos Jogos Olímpicos surgiram em França numa reportagem do jornal Le Monde.
Thomas Bach chegou na sexta-feira a Lima, capital do Peru, onde participará na 131.ª assembleia-geral do COI, onde serão eleitas as cidades-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2024 (provavelmente Paris) e de 2028 (provavelmente Los Angeles).
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