O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) disse hoje que o país tem “uma forte comunidade” de breakdance e que espera ter representação portuguesa na modalidade que fará a estreia olímpica em Paris2024.
“Portugal tem uma forte comunidade de breakdance na região norte, à volta do Porto, com bastantes títulos internacionais alcançados”, realçou à agência Lusa José Manuel Constantino.
O dirigente máximo do COP lembrou que esta modalidade, tal como muitas outras que estão a ser integradas nos Jogos Olímpicos, têm “características de organização distintas daquilo que é um modelo tradicional de organização desportiva”.
“Vamos agora ter que fazer esse enquadramento. Há já vários meses que vínhamos a trabalhar nesse sentido com a Federação Portuguesa de Dança Desportiva e com a comunidade que está ligada ao breakdance, no sentido de harmonizar os procedimentos e de fazer a adequada integração da disciplina nos quadros da federação”, explicou.
José Manuel Constantino espera que esta nova modalidade olímpica, que fará a estreia em Paris2024, possa agora “prestar-se à competição nos torneios internacionais e submeter-se ao regime de apuramento que vier ser definido”.
“Naturalmente, desejamos é que nesta nova disciplina Portugal possa estar representado em Paris”, sublinhou.
O responsável do COP salientou ainda que se tem confirmado a tendência já manifestada anteriormente para que o programa dos Jogos Olímpicos encontre soluções “para o regime de paridade entre géneros" e para a adoção de "um conjunto de novas disciplinas chamados desportos urbanos com características radicais”.
O Comité Olímpico Internacional (COI) anunciou a decisão de o breakdance fazer a estreia olímpica em Paris2024. O presidente do COI, Thomas Bach, tinha também revelado que o surf, skateboard e escalada, que entram já no programa para Tóquio, no próximo verão, são reconduzidos para 2024.
O breakdance ganhou a outros dois candidatos, o karaté (que estará em Tóquio, em 2021) e o bilhar, confirmando a vontade do COI em modernizar o programa e procurar audiências mais jovens.
Com a escalada, o surf e o skateboard, trata-se de dar espaço a "disciplinas inclusivas, cativantes e que podem ser praticadas fora dos recintos desportivos tradicionais", explicou Thomas Bach.
Por outro lado, atinge-se pela primeira vez a paridade no atletismo, ciclismo e pugilismo, foi ainda explicado.
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