As infeções com covid-19 em Tóquio atingiram hoje o máximo dos últimos seis meses, com a cidade anfitriã das Olimpíadas a registar 1.832 novos casos apenas dois dias antes da abertura dos jogos.
A capital japonesa vive, neste momento, o seu quarto estado de emergência, que se manterá até 22 de agosto, abrangendo a duração total dos Jogos Olímpicos, que começam na sexta-feira e terminam a 08 de agosto.
Os adeptos estão banidos de todos os locais na área de Tóquio.
O presidente da Associação de Médicos do Japão, Toshio Nakagawa, afirmou que este surto era esperado, independentemente dos Jogos Olímpicos.
Os especialistas indicam que os casos entre as pessoas mais jovens não-vacinadas estão a aumentar drasticamente, numa altura em que o ritmo da campanha de vacinação japonesa está a abrandar devido à incerteza sobre o fornecimento de vacinas.
Cerca de 23% dos japoneses têm a vacinação completa.
Especialistas da área da saúde alertaram hoje que o número de novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 em Tóquio vai agravar-se nas próximas semanas.
O médico Norio Ohmagari, membro do painel de especialistas do governo da área metropolitana de Tóquio, considera que a média diária de casos na capital poderá atingir cerca de 2.600 em duas semanas, se continuarem a surgir ao mesmo ritmo.
O Japão registou, até agora, cerca de 84.800 casos de covid-19 e mais de 15.000 mortes confirmada, a maioria das quais desde a mais recente vaga de infeções, em janeiro deste ano.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.119.920 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, morreram desde o início da pandemia, em março de 2020, 17.232 pessoas e foram registados 939.622 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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