José Garcia era o nome de maior monta da canoagem portuguesa até ontem, dia em que a dupla torpedo Fernando Pimenta e Emanuel Silva voou para a medalha de prata em Londres, deixando para trás não só a concorrência como o sexto lugar alcançado por este ex-atleta olímpico nos Jogos de Barcelona.
O hoje chefe da comitiva da canoagem diz que foi um orgulho ceder-lhes o lugar e congratula-se pelo trabalho que possibilitou a primeira medalha portuguesa da modalidade.
«Sinto uma imensa alegria e orgulho por ter contribuído de alguma forma para que este resultado acontecesse. Mas é uma ínfima parte quando comparada com o valor e grandiosidade destes atletas. São miúdos muito valentes, trabalharam muito, com seriedade, com serenidade, e este resultado é demonstração do valor que têm», elogia Garcia, que assegura que quem segue a canoagem não ficou surpreendido com a medalha de prata em Londres.
«Sabíamos que era possível. Se individualmente são fortes, juntos fazem uma tripulação "medonha". O sonho existia e confirmou-se». José Garcia conta que o segredo de triunfos como este está, em primeiro lugar, na qualidade dos atletas.
«O primeiro segredo é encontrar atletas talentosos. Tivemos a sorte de encontrar dois. Depois, estas coisas demoram muito tempo a acontecer e são precisos objetivos bem definidos, disciplina quanto baste e condições», termina Garcia.
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