O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, deixou hoje para uma “reflexão futura” uma eventual recandidatura para um terceiro mandato no organismo, até aos Jogos Olímpicos Paris2024.
“Será avaliada por mim, partilhada com a comissão executiva do COP, depois com as federações desportivas e, posteriormente, a natureza da decisão será do conhecimento público”, esclareceu o dirigente de 71 anos, durante a conferencia de imprensa de balanço sobre Tóquio2020.
Apesar de enalteceu que “os resultados alcançados são os melhores de uma representação nacional” em Jogos Olímpicos, Constantino assume que os mesmos não constituem uma “obrigação moral” para que continue no cargo.
“A minha presença à frente do COP é exercida com sentido de missão e é ele que me aconselhará sobre o sentido da decisão a tomar”, especificou.
José Manuel Constantino garante que “a circunstância de ser presidente do COP não é uma profissão, é uma missão”, e, em consonância, deixa um alerta a qualquer pretendente ao cargo: “Tem de avaliar, de forma cuidada, se está em condições de responder à dimensão dessa missão”.
Em jeito de balanço do seu trabalho, considera que nos dois últimos ciclos olímpicos o COP “deu um passo muito significativo na sua organização interna e aumento da sua capacidade de poder responder aos desafios de um comité olímpico”.
“O presidente do COP é hoje uma pessoa que vive relativamente descansada quanto à organização da missão, tem plena confiança nas pessoas, pois sabem o que estão a fazer. E isso dá-me tranquilidade”, assumiu, revelando que só “em situações um pouco mais complicadas” é chamado a intervir.
A este propósito, confidenciou que até tem sido “criticado pela autonomia” que dá aos colaboradores do organismo, contudo entende que as instituições “só crescem se não dependerem exclusivamente de quem as lidera”.
“Todos os que cooperam na organização têm de sentir que acrescentam valor e isso só o conseguem com alguma autonomia”, opinou, assegurando que “o COP está em melhores condições para os desafios” e que isso “dará maior tranquilidade a quem for presidente”.
Para futuro, está convicto de que os maiores desafios são os de “consolidar estes resultados e procurar uma participação em Paris2024 que possa ser ainda mais forte”.
Agora, e como “não há muito tempo para preparar os próximos Jogos Olímpicos, espera pela avaliação das federações para ver o que foi ou não alcançado e ver rapidamente definidas “as principais linhas de orientação” das mesmas.
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