A portuguesa Lorène Bazolo lamentou hoje ter ficado longe do seu recorde pessoal nos 200 metros nas semifinais dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, após ter cumprido a sua série em 23,20 segundos.
“Eu estou grata e feliz por ter conseguido estar na meia-final. Ao nível da marca, queria mais, queria aproximar-me ou conseguir um novo recorde pessoal e, porque não, um recorde nacional”, afirmou Bazolo, na zona mista do Estádio Olímpico.
Lorène Bazolo terminou no sétimo lugar a primeira série das semifinais, em 23,20 segundos, ficando de fora dos lugares de apuramento para a final, marcada para terça-feira, às 21:50 locais (13:50 em Lisboa), reservados para as duas primeiras de cada partida e as duas mais rápidas entre as restantes.
“Foi uma meia-final muito difícil, muito dura e eu estava numa pista [oito] muito difícil, na qual tinha de dar tudo. Tinha de ser uma corrida perfeita, fiz uma boca curva, mas na reta não foi o que consigo fazer e não consegui corrigir tecnicamente. Foi isso que me custou fazer menos de 23 segundos”, explicou.
A velocista natural do Congo, de 38 anos, desvalorizou a idade, por se sentir muito mais nova: “Por acaso ainda parece que tenho 18 anos. Estou física e mentalmente bem, estou disposta a continuar e a dar o meu máximo”.
“Agora chamam-me veterana, mas, há quatro anos, quando eu bati o recorde nacional davam-me um futuro muito longo. Eu acho que o que conta é que nós nos sintamos bem mental e fisicamente, porque a idade é só um número”, referiu a velocista, salientando ter objetivos para retomar profissionalmente a sua formação académica em Finanças.
Além do 20.º lugar entre as semifinalistas dos 200 metros, na sua terceira participação olímpica, Bazolo foi 25.ª nas eliminatórias dos 100 metros.
Nos anteriores Jogos Olímpicos, foi 52.ª nos 100 metros em Londres2012, pelo Congo, e, já por Portugal, 28.ª e 30.ª nos 100 e 200 metros no Rio2016, respetivamente.
A veterana velocista natural do Congo, de 38 anos, detém o recorde nacional dos 100 (11,15 segundos), e tem como melhor marca pessoal nos 200 metros os 22,93, ambas estabelecidas este ano.
A jamaicana Elaine Thompson-Herah, que procura juntar o título olímpico dos 200 ao dos 100 metros, tal como fez no Rio2016, foi a mais rápida das semifinais, em 21,66 segundos, à frente da namibiana Christine Mboma (21,97) e da norte-americana Gabrielle Thomas (22,01), que detém a melhor marca mundial do ano (21,61).
A holandesa Dafne Schippers, medalha de prata no Rio2016, ficou fora da final, ao terminar a primeira série na sexta posição, imediatamente à frente de Bazolo, em 23,03.
Comentários