A França está preparada para receber os Jogos Olímpicos, que começam precisamente daqui a um ano, e tem trabalhado na sua organização “sem descanso, nos últimos seis anos”, garantiu hoje que presidente do país, Emmanuel Macron.

Em entrevista ao canal público Franceinfo, o chefe de Estado assegurou também que o país está pronto para organizar a cerimónia de abertura no rio Sena, no centro de Paris, algo inédito na competição, e que representa um grande desafio ao nível da segurança.

A capacidade de organizar a cerimónia, sobretudo ao nível da segurança, tem sido várias vezes questionada, nomeadamente depois dos acontecimentos ocorridos no exterior do estádio de Saint-Denis, antes da final da Liga dos Campeões de futebol em 2022, que obrigaram a polícia a intervir para dispersar a multidão com gás lacrimogéneo.

Macron garantiu que a França “aprendeu com as experiências anteriores” e mobilizou todos os seus serviços, para que tudo decorra em segurança durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

O presidente elogiou as forças de segurança francesas, e todos os seus elementos que “adiaram as férias para trabalhar durante os Jogos”, estendendo o agradecimento aos agentes de segurança privada.

“Sob a orientação do ministério do Interior, os polícias municipais e agentes de segurança privada estão a ter formação específica para detetarem eventuais riscos e saberem como agir”, disse.

Segundo a organização, durante as duas semanas e meia de competição dos Jogos Olímpicos, que decorrem entre 26 de julho e 11 de agosto, serão necessários diariamente 17.000 agentes de segurança.

A ministra do Desporto, Amélie Oudéa-Castéra, já admitiu a possibilidade de recorrer ao exército, devido às dificuldades que as empresas de segurança privada estão a ter na contratação de pessoal.

Depois dos Jogos Olímpicos, a cidade de Paris vai organizar os Jogos Paralímpicos, que decorrem entre 28 de agosto e 08 de setembro.