Portugal tem 40 atletas com quotas de apuramento a 100 dias dos Jogos Olímpicos Paris2024, menos 16 do que os que estavam qualificados na mesma altura em Tóquio2020, com a grande diferença a ser a presença do andebol.
Nos dois Jogos Olímpicos anteriores, Portugal teve a presença de equipas coletivas, com o futebol no Rio2016 e o andebol em Tóquio2020, que se realizou em 2021 devido à covid-19.
Depois de ter sido a primeira equipa portuguesa de pavilhão a apurar-se para uns Jogos – o hóquei em patins esteve em Barcelona1992 como modalidade de exibição –, a seleção de andebol foi eliminada no torneio pré-olímpico, causando um ‘rombo’ de 14 atletas à missão lusa para Paris2024.
A 100 dias dos Jogos, assinalados na quarta-feira, Portugal está apurado em 11 modalidades, menos uma do que no mesmo momento antes de Tóquio2020, com a saída do andebol e do remo, e a garantia da presença do triatlo.
Portugal tem 40 atletas com quotas para Paris2024, que se disputam de 26 de julho a 11 de agosto, com a maior ‘comitiva’ a ser, como habitual, a do atletismo, já com oito atletas com mínimos, embora os apurados finais apenas sejam confirmados a 30 de junho, com as vagas a serem distribuídas por marcas e ranking.
Irina Rodrigues (lançamento do disco), Pedro Buaró (salto com vara), Samuel Barata e Susana Godinho (maratona), Auriol Dongmo (lançamento do peso), lesionada com gravidade no final de 2023, Isaac Nader (1.500 metros), João Coelho (400 metros) e Ana Cabecinha (20 quilómetros marcha) são os atletas com mínimos.
Em relação a 2021, o atletismo luso tem menos dois apurados, destacando-se as ausências de Pedro Pablo Pichardo, campeão olímpico do triplo salto, que ainda não competiu esta temporada, e de Patrícia Mamona, prata na mesma disciplina e que está a recuperar de lesão.
A canoagem, que ainda tem mais um momento de qualificação, tem menos quatro apurados do que para Tóquio, com Fernando Pimenta, bronze em K1 1.000 metros em 2021, a liderar a comitiva, juntamente com o K2 500 dos campeões mundiais João Ribeiro e Messias Baptista e Teresa Portela, em K1 500.
A natação é a segunda modalidade mais representada, com cinco nadadores, os mesmos do que a 100 dias de Tóquio2020: Diogo Ribeiro, campeão mundial dos 50 e 100 metros mariposa, tem mínimos nos 50 e 100 livres e nos 100 mariposa, João Costa nos 100 costas, Camila Rebelo nos 200 costas, Miguel Nascimento nos 50 livres, e Angélica André, nas águas abertas.
O triatlo vai ter uma participação histórica, com a qualificação para a estafeta mista a garantir a maior representação de sempre de Portugal, que terá pela primeira vez duas mulheres na prova, com a repetente Melanie Santos e Maria Tomé a juntarem-se a Vasco Vilaça e Ricardo Batista.
No ciclismo, quando está prestes a fechar a qualificação na pista, Portugal tem os mesmos três apurados, com dois homens na estrada (fazem prova de fundo e contrarrelógio) e o regresso à prova feminina, com uma ciclista, algo que não acontecia desde Atlanta1996.
Filipa Martins vai participar nos seus terceiros Jogos Olímpicos consecutivos na ginástica artística, com Gabriel Albuquerque a ser o eleito para a prova de trampolim individual masculino, depois de ter assegurado, juntamente com Pedro Ferreira, a quota nos Mundiais.
Na praia de Teahupo'o, no Taiti, Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins, quinta em Tóquio2020, vão representar Portugal no surf, enquanto Maria Inês Barros vai ser a primeira mulher portuguesa na prova de fosso olímpico em tiro com armas de caça, depois de se ter sagrado campeã europeia.
No equestre, Portugal manteve as mesmas quatro vagas, três das quais em dressage, graças ao ranking de equipas, com a posição na hierarquia mundial de Duarte Seabra a assegurar a presença nos saltos de obstáculos.
No ténis de mesa, apenas a equipa masculina tem, para já, vaga assegurada - por Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Geraldo, Diogo Carvalho e João Monteiro no Mundial por equipas -, abrindo ainda a presença de dois mesatenistas no torneio individual, que vão sair dos convocados para a prova coletiva.
Na vela, Diogo Costa e Carolina João, em 470, e Eduardo Marques, em ILCA 7, já estão assegurados nas regatas em Marselha, com o caso de Vasileia Karachilou ainda por definir.
A grega, que compete por Portugal ao abrigo de uma licença especial da World Sailing, também conquistou uma vaga em ILCA 6, mas o Comité Olímpico Grego já disse que não autorizava a participação da velejadora por Portugal, com a quota a dever, assim, passar para outra nação.
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