A Aldeia Olímpica de Paris2024 foi hoje inaugurada, com o presidente francês, Emmanuel Macron, a elogiar a construção “em tempo recorde” do espaço que marcará “a aventura de um século” e acolherá mais de 14.000 atletas.
“Estamos todos a participar na aventura de um século”, disse Macron, dirigindo-se às equipas de construção que durante sete anos erigiram o epicentro dos próximos Jogos Olímpicos.
Insistindo que tudo o que foi feito por essas equipas “marca o século”, o presidente francês salientou que os compromissos assumidos pela organização de Paris2024 foram cumpridos “nos prazos previstos”, “apesar da covid-19”, e em “condições sociais exemplares”, nomeadamente em termos de segurança dos trabalhadores.
“É uma etapa essencial dos Jogos”, reforçou Macron numa cerimónia que teve como momento alto a entrega da chave da Aldeia Olímpica a Tony Estanguet, o presidente do Comité Organizador.
Apesar de hoje inaugurado, o espaço ainda não está concluído, uma vez que falta agora equipar e ‘decorar’ os apartamentos para acolher os desportistas que vão participar nos Jogos Olímpicos, entre 26 de julho e 11 de agosto, e Paralímpicos, de 28 de agosto a 08 de setembro.
A Aldeia Olímpica, que demorou sete anos a ser construída, tem capacidade para acolher cerca de 14.500 atletas e o seu staff, nos seus 82 edifícios, 3.000 apartamentos e 7.200 quartos, estendidos por 52 hectares entre Saint-Denis, a île Saint-Denis e Saint-Ouen, no norte de Paris.
Durante o período de Paris2024, a Aldeia Olímpica vai funcionar como uma cidade ‘efémera’: os atletas poderão, por exemplo, lavar a roupa em lavandarias temporárias com cerca de 600 máquinas de lavar e secar, haverá ‘porteiros’ encarregados da manutenção dos edifícios e um restaurante aberto 24 horas por dia.
Inaugurada em 21 de setembro de 2012, a Cité du Cinema, um complexo cinematográfico sonhado por Luc Besson, foi transformada num restaurante gigante, onde a oferta culinária se divide em seis temas, relacionados com as cozinhas italiana, asiática ou francesa, e existem 3.200 lugares sentados.
Além deste espaço gigantesco, capaz de servir 40.000 refeições por dia, um segundo restaurante será instalado na île Saint-Denis e ‘food-trucks’ estarão espalhados pela Aldeia Olímpica.
Um supermercado, um cabeleireiro, uma esquadra, uma sala de fitness, um bar (sem álcool), um centro multiconfessional ou um posto de correios estarão à disposição das 206 delegações olímpicas, assim como uma policlínica de 3.000 m2, situada na escola de osteopatia Dahnier, que funcionará 24 horas e onde poderão ser realizadas, entre outras coisas, ressonâncias magnéticas.
Dentro da Aldeia Olímpica, as deslocações serão efetuadas em bicicleta ou navettes elétricas.
Quando os Jogos Paralímpicos terminarem, os apartamentos serão reconvertidos para acolher habitantes e empresas, naquele que será um novo bairro no norte de Paris.
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