Os temas, relacionados com a invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, vão ser discutidos em Lausana, Suíça, e na sequência da auscultação do COI aos seus membros, aos comités olímpicos nacionais, federações internacionais e desportistas, tendo como horizonte os Jogos Olímpicos de Paris2024, uma vez que vários apuramentos estão a começar e outros estão já em curso.

O organismo recomendou, em 25 de janeiro, a readmissão dos desportistas de ambos os países nas competições internacionais, desde que “não tenham apoiado a guerra de forma ativa” e atuando sob bandeira neutra.

Socorrendo-se também de um relatório das Nações Unidas (ONU), no qual se defende que é “discriminatório” proibir a participação de desportistas, árbitros e outros agentes desportivos mediante a sua nacionalidade, o COI defendeu que “nenhum atleta pode ser privado de competir em função do seu passaporte”.

Esta abertura do COI resultou em firme contestação por parte dos ucranianos, que ameaçam boicotar Paris2024, com o presidente do país, Volodymyr Zelensky , a recordar que “os princípios olímpicos e os da guerra são opostos”.

“É óbvio que qualquer bandeira neutra de desportistas russos está manchada de sangue”, atacou o presidente ucraniano, que criticou a “hipocrisia” do COI: “A Rússia deve parar a agressão e o terror e, só então, será possível falar sobre a participação russa no contexto do movimento olímpico".

Comités olímpicos nacionais e federações internacionais não têm sido consensuais quanto ao tema.

Ainda assim, a federação internacional de boxe vai permitir pugilistas russas e bielorrussas no Mundial feminino, que decorre em Nova Deli.

No fim de fevereiro, o COI assumiu que terá “em consideração” as ‘inquietudes’ demonstradas por 30 países, entre os quais Portugal, em relação à integração destes atletas nos Jogos que vão decorrer na capital gaulesa entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024.

Há uma semana, o Comité Organizador de Paris2024 assumiu que a decisão sobre a presença de atletas russos e bielorrussos não será sua, já que estará mais preocupado com a forma de apoiar os ucranianos.

"O COI, dependendo do que as federações internacionais fizerem e mesmo que os atletas russos e bielorrussos se tenham qualificado, poderá dizer se aceita ou não que participem nestes Jogos. Esta decisão ainda não foi tomada. E o Comité Organizador de Paris2024 não está em posição de decidir", vincou o presidente do organismo.

Tony Estanguet realçou o facto da prioridade não poder ser Paris2024, mas a de que a guerra da Ucrânia possa terminar rapidamente e "como se pode apoiar da melhor maneira o povo ucraniano, os atletas ucranianos".

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