A atiradora Inês Barros demonstrou hoje a vontade em fazer o seu melhor e que isso a aproxime da final do fosso olímpico no tiro com armas de caça, antes da partida para os Jogos Olímpicos Paris2024.
“Eu só quero fazer o meu melhor e estar bem, sentir-me bem, sem estar muito ansiosa, conseguir desfrutar do momento. Estando tão perto do momento, eu só quero fazer o meu melhor e que isso me leve onde eu quero, que é chegar perto das finais ou, pelo menos, razoavelmente perto”, frisou a atual campeã europeia, em declarações à agência Lusa.
No aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, Inês Barros constatou que as conquistas e os pódios internacionais obtidos no ciclo olímpico lhe trazem mais responsabilidade.
“Todas as minhas adversárias que estão lá, são adversárias que já defrontei, que já me derrotaram e que eu já derrotei. Há uma expectativa e espera-se um certo resultado. Sinto que tenho mais responsabilidade”, expressou a atiradora, de 23 anos.
Para além do título europeu em 2023, Inês Barros conta também com o primeiro lugar na Taça do Mundo do Cairo e, em 2022, com uma terceira posição na Taça do Mundo.
As provas do tiro vão realizar-se na cidade de Châteauroux, a 273 quilómetros de Paris, e, por isso, a desportista natural de Penafiel não terá a experiência ‘normal’, uma vez que não vai ficar instalada na Aldeia Olímpica.
“Acho que não vou conseguir ter a experiência que normalmente os atletas têm, pois não vamos estar na Aldeia, infelizmente. Vai ser um ambiente completamente novo para mim. Os atletas que normalmente até podem falar comigo durante a competição, vão estar totalmente focados e isso será a grande diferença. Também nunca atirei no campo de tiros e vai ser uma nova experiência. Vai ser tudo novo”, realçou a atiradora.
Inês Barros, que representava o Clube de Caçadores do Vale do Tâmega, assinou na quinta-feira pelo Benfica, a poucos dias de se estrear em Jogos Olímpicos, e espera que ingressar num clube ‘grande’ lhe traga mais visibilidade e mais resultados de destaque.
“Antes de eu começar a atirar, já existia a equipa do Benfica e até do Sporting. Quando comecei a atirar, infelizmente, já não havia. Este era um objetivo que eu sempre tive, o de representar um desses grandes clubes. A proposta do Benfica surgiu na altura dos Jogos e vai trazer muitas oportunidades para mim e para o desporto, pois tem outra visibilidade. Espero que seja uma parceria espetacular e que traga resultados”, contou.
A prova feminina de fosso olímpico, também conhecido como ‘trap', inicia-se na terça-feira, com o primeiro dia de qualificação, que se prolonga até ao dia seguinte, no qual também se disputa a final da competição, horas depois de se concluir o apuramento.
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