Portugal já garantiu 25 quotas para os Jogos Olímpicos Paris'2024, estando, a 200 dias do arranque da competição, que se assinalam na segunda-feira, nove modalidades asseguradas com portugueses em França.
O Comité Olímpico de Portugal contratualizou 17 modalidades em Paris, com o número de atletas ainda longe dos 92 do Rio'2016 e de Tóquio'2020, edições em que houve uma modalidade coletiva.
Dos 66 eventos de medalha previstos, Portugal já assegurou 31, com destaque para o nadador Diogo Ribeiro, que já tem mínimos em três distâncias (50 e 100 metros livres e nos 100 metros mariposa).
A natação é, para já, uma das modalidades mais representadas, com o vice-campeão mundial dos 50 metros mariposa a juntar-se a João Costa (100 metros costas), Camila Rebelo (200 metros costas) e Miguel Nascimento (50 metros livres).
O atletismo terá, em Paris2024, uma forma diferente de qualificação, com o ranking a dar 50% das vagas e as restantes a serem ocupadas por atletas com mínimos, pelo que só em 30 de junho de 2024 se saberá a lista definitiva de apurados.
Mesmo assim, Portugal tem já seis atletas com mínimos, os últimos dos quais Samuel Barata e Susana Godinho, que alcançaram a marca de qualificação na maratona de Valência, em dezembro.
Também Auriol Dongmo, no lançamento do peso e que se lesionou com gravidade recentemente, Isaac Nader, nos 1.500 metros, João Coelho, nos 400 metros, e Ana Cabecinha, nos 20 quilómetros marcha, já alcançaram a marca de qualificação exigida pela World Athletics.
Com vaga assegurada em Paris está também o canoísta Fernando Pimenta (em K1 1.000 metros), que, na capital francesa, se poderá tornar o primeiro português a conquistar três medalhas olímpicas - prata em Londres2012 em K2 1.000, com Emanuel Silva, e bronze em K1 1.000 em Tóquio2020.
Além do atleta limiano, também Teresa Portela (K1 500) e os campeões mundiais João Ribeiro e Messias Baptista (K2 500) garantiram quotas para Portugal.
Com o sexto lugar no contrarrelógio dos últimos Mundiais, Nelson Oliveira já tinha garantido uma vaga para as cores lusas nessa especialidade, com o ranking a atribuir outras duas quotas na prova de fundo e mais uma no 'crono', sendo que os dois ciclistas terão de ser os mesmos nas duas provas.
Portugal, 12.º do ranking masculino, repete assim os dois ciclistas de Tóquio2020, ainda por definir pelo selecionador, voltando a ter uma ciclista na prova de fundo feminino, algo que não acontecia desde Atlanta1996.
No final de setembro, Maria Inês Barros 'selou' um lugar para a equipa lusa ao sagrar-se campeã europeia de tiro com armas de caça (trap), em Osijek, na Croácia, tornando-se a primeira portuguesa nesta especialidade.
Graças ao ranking da World Surf League, Teresa Bonvalot sabe que vai estar pela segunda edição consecutiva na prova de surf nos Jogos Olímpicos, que vai ser disputada na Polinésia Francesa.
A ginástica de trampolins também garantiu a presença na capital francesa, depois de Pedro Ferreira e Gabriel Albuquerque terem alcançado a final de trampolim individual masculino dos Campeonatos do Mundo de ginástica.
Apesar de estar representado por dois ginastas na final em Birmingham, em Inglaterra, Portugal teve apenas direito a uma quota para os Jogos Paris2024, uma vez que os oito finalistas dos concursos masculino e feminino asseguravam um lugar para o país, com a limitação de uma vaga por nação.
Já na ginástica artística, Filipa Martins conquistou uma vaga graças ao 27.º lugar na qualificação e apuramento para a final do ‘All-Around’ no Campeonato do Mundo de Antuérpia, na Bélgica.
A ginasta assegurou uma das 14 vagas individuais para o ‘All-Around’ depois de contabilizadas as quotas para as equipas.
O equestre foi a última modalidade a juntar-se à missão portuguesa, graças às posições de Maria Caetano (dressage) e Duarte Seabra (obstáculos) no ranking de qualificação olímpica da Federação Equestre Internacional, que fechou em 31 de dezembro de 2023.
As quotas individuais garantidas por estes dois cavaleiros são, no entanto, para o país, cabendo à Federação Equestre Portuguesa indicar, posteriormente, quem as ocupará em Paris2024.
A grande dúvida está neste momento na vela, uma vez que Vasileia Karachilou, grega que compete por Portugal ao abrigo de uma licença especial da World Sailing, também conquistou uma vaga em ILCA 6, mas o Comité Olímpico Grego já disse que não autorizava a participação da velejadora por Portugal, com a quota a dever, assim, passar para outra nação.
Na mesma modalidade, Diogo Costa e Carolina João foram os primeiros a assegurarem uma quota para Portugal, em 470, nos Mundiais de Haia, onde Eduardo Marques também assegurou uma vaga em ILCA 7.
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