A presença do nadador Diogo Ribeiro numa final dos Jogos Olímpicos será extraordinária, mas, mais do que isso, deixará o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) sem palavras, assumiu hoje José Manuel Constantino.
Depois dos títulos mundiais nos 50 e 100 metros mariposa, o jovem nadador do Benfica, de 19 anos, prometeu lutar por uma medalha olímpica, já em Paris2024, conseguindo feitos enaltecidos pelo dirigente.
“[O desempenho de Diogo Ribeiro] Anima e entusiasma, mas não traduz qualquer expectativa de resultados equivalentes em Jogos Olímpicos. Os Jogos Olímpicos são os Jogos Olímpicos. O Diogo tem-nos surpreendido, mas é preciso ter em devida conta a idade do atleta e de outros atletas, que não participaram nos Mundiais e têm resultados abaixo nos 100 metros mariposa”, advertiu José Manuel Constantino.
Em Paris2024, Diogo Ribeiro vai disputar as competições de 50 metros livres, 100 livres e 100 mariposa, esta última com justificadas ambições depois de se ter sagrado campeão mundial, podendo tornar-se no segundo nadador português numa final olímpica, depois de Alexandre Yokochi ter sido sétimo nos 200 bruços em Los Angeles1984.
À margem da apresentação de um protocolo entre o COP e a TAP, tendo em vista os Jogos Olímpicos Paris2024, em declarações à agência Lusa, apesar do discurso cauteloso, José Manuel Constantino recusou reduzir a ambição de Diogo Ribeiro, apresentando-lhe a dimensão do feito que pode alcançar.
“Mas eu vou ser a última pessoa a limitar as expectativas do Diogo quanto à sua participação olímpica, dizendo apenas isto: A possibilidade de o Diogo Ribeiro ser finalista olímpico será um feito extraordinário, tudo o que vier acima disso não tenho palavras para classificar”, vincou.
Apesar disso, José Manuel Constantino assumiu a apreensão com a recuperação física e qualificação de alguns dos melhores atletas nacionais, entre os quais, e sem que o dirigente os tenha nomeado, a judoca Telma Monteiro, a lançadora Auriol Dongmo e a triplista Patrícia Mamona.
"Há um conjunto de lesões que têm afetado a nossa elite desportiva, se assim posso chamar, e temo que isso possa não ficar por aqui, que possam acontecer mais situações, porque a elite é tão reduzida que tem logo consequências na nossa representação internacional. Estamos a quatro meses dos Jogos e temos processos de apuramento que não estão encerrados”, recordou Constantino.
Comentários