“Hoje, acabou por ser uma espera longa, porque realmente a previsão já era incerta e acabou por se confirmar. Vento muito instável, e acho que a comissão de regatas fez bem em esperar. O vento estabilizou ao fim da tarde e conseguiu fazer-se uma regata em condições boas”, descreveu à Lusa o velejador Jorge Lima.
Num dia marcado pela influência do tufão Nepartak, a partida foi adiada em uma hora, mas acabou por acontecer, com o início da competição em 49er a ser dominada pelos irlandeses Robert Dickson e Sean Waddilove.
Os lusos conseguiram o 11.º melhor registo, entre 19 duplas em prova, e, na quarta-feira, enfrentam a segunda, terceira e quarta regatas, após hoje terem sido adiadas duas das que estavam previstas.
“A regata foi boa, uma primeira regata de Jogos é sempre de nervos. Sentimo-nos bastante bem, com uma boa largada, e chegámos à primeira boia em primeiro lugar, foi excelente. (...) O 11.º lugar não é fantástico, mas não é mau de todo, estamos à porta do ‘top 10’. Ainda só houve uma regata e está tudo em aberto. É continuarmos focados e amanhã é outro dia, é continuar a lutar”, explicou.
A instabilidade climatérica, associada à passagem do tufão, baralhou as contas de todas as embarcações. No caso da portuguesa, em Enoshima desde 13 de julho, as condições mudaram radicalmente.
“Tem estado sempre vento fraco e direção sul. Hoje, no primeiro dia de campeonato, entra norte, instável, com a previsão do tufão. Deixa-nos até sem saber como funcionará o campo de regatas, mas isso é igual para todos”, comentou Jorge Lima.
O velejador até admite que a situação possa “tornar as coisas mais interessantes, e o desafio maior”, porque, em vez de um planeamento cuidado, a incerteza dá lugar a decisões com base no “instinto”.
“É tudo feito um pouco mais por instinto, com decisões mais em cima da hora”, referiu.
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