A norte-americana Simone Biles vai tentar estender ainda mais o reinado na ginástica nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, entrando como uma das grandes figuras, com uma luta aguerrida pelo título de novo ‘dono’ das piscinas.
Depois de quatro ouros e um bronze no Rio2016, que tornou ‘seus’, Biles quer aos 24 anos reforçar o seu estatuto de uma das melhores de sempre, e a candidatura à melhor de sempre, com novo ‘show’.
Integrada numa equipa que conquistou nove medalhas ao todo, a jovem ginasta pode tornar-se na primeira mulher a vencer dois títulos olímpicos consecutivos no 'all around' desde a checa Vera Caslavská, em 1964 e 1968.
Nos cinco anos entre Jogos, tem-se dedicado a títulos mundiais e a adicionar novos elementos ao Código de Pontos, com um grande desempenho que coloca os Estados Unidos à frente do resto do pelotão.
Nas piscinas, sem o norte-americano Michael Phelps, há Caeleb Dressel, um compatriota, que já é bicampeão mundial e está na linha para conseguir vários outros ouros, tendo, aos 24 anos, uma carreira potencialmente longa à frente.
No feminino, também os Estados Unidos têm o maior nome, Katie Ledecky, também ela com 24 anos, já recordista dos 400, 800 e 1.500 metros livres e um nome dominador na modalidade, uma das que maior atenção atrai.
Começou em Londres, nos 800 livres, e depois somou outra mão cheia de ‘metais’ nas piscinas do Rio de Janeiro, dos 200 aos 800 metros, além das estafetas.
De outra geração, com 32 anos, mas nem por isso menos impactante é a húngara Katinka Hosszu, cuja alcunha é ‘Dama de Ferro’, uma das estrelas no Rio2016, três de ouro e uma de prata, em estilos e costas.
O judo, um dos desportos ‘rei’ no Japão, concentra muita das atenções do público local, ainda para mais no ‘mítico’ Budokan, lar espiritual das artes marciais, que pode ‘celebrar’ o francês Teddy Riner, já com dois ouros e um bronze, com o campeão mundial Jorge Fonseca e a medalha de bronze no Rio2016 Telma Monteiro à espreita.
O atletismo arranca em 30 de julho e, com ele, chegam muitas das grandes figuras, como nos 10.000 metros sem Mo Farah, dado que o britânico falhou o regresso, antes de um sábado de ‘gala’, mas também 'estrelas' do fundo e das disciplinas técnicas, com os portugueses Pedro Pichardo (triplo salto) e Auriol Dongmo (lançamento do peso) a chegarem como líderes mundiais em 2021.
Allyson Félix despede-se nos quintos Jogos da carreira, nos 400 metros, e aos 35 pode somar uma 10.ª medalha, com seis ouros e três pratas já no bolso, um dia antes de uma das provas mais esperadas, os 100 metros masculinos, ‘órfãos’ do jamaicano Usain Bolt, vencedor em 2008, 2012 e 2016.
O norte-americano Trayvon Bromell é o favorito, mas há Noah Lyles, que parece mais indicado aos 200 metros, e o canadiano André de Grasse.
O húngaro Aaron Svilagyi pode conseguir um inédito terceiro título olímpico consecutivo no sabre, na esgrima, com a estreia do surf a trazer os brasileiros Ítalo Ferreira e Gabriel Medina, mas também o norte-americano John John Florence, à praia de Tsurigasaki.
A ‘habitual’ coroação dos Estados Unidos no basquetebol, com seis ouros em sete desde a entrada de atletas da NBA, em 1992, é outro dos pontos altos do evento.
A maior das estrelas do país organizador é a tenista Naomi Osaka, vencedora de quatro torneios do ‘Grand Slam’, e em quem assentam as principais expectativas num ano de ténis ‘despido’ das estrelas, de Roger Federer a Rafael Nadal.
No triplo salto, com Patrícia Mamona em prova, a colombiana Caterine Ibarguen defende o título olímpico ante a venezuelana Yulimar Rojas, numa prova em que é expectável que o recorde do mundo seja batido, enquanto o sueco Armand ‘Mondo’ Duplantis é o principal nome do salto com vara, em que é recordista mundial.
O torneio de futebol arranca com um Brasil-Alemanha, ‘desforra’ da final de 2016, mas deverá ser ‘leve’ em estrelas, em ano de Euro2020 e Copa América, com o ciclismo a trazer vários nomes grandes, de Geraint Thomas a Mathieu van der Poel ou mesmo o português João Almeida.
Se no skate os olhares estarão sobretudo virados para Nyjah Huston, tetracampeão mundial, num quadro que tem o português Gustavo Ribeiro, não dará para evitar notar a história da britânica Sky Brown.
Nasceu um mês antes do arranque de Pequim2008 e, aos 13 anos, já tem uma medalha de bronze num Mundial de ‘park skate’, quando tinha 11 anos. Nasceu no Japão e será uma das histórias mais notadas pelo mundo fora.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão decorrer entre sexta-feira e 08 de agosto, após o adiamento de um ano devido à pandemia da covid-19.
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