“Dei o que tinha e o que não tinha, mas não consegui apurar-me, sabia que era muito difícil. Nos últimos 50 metros não tive capacidade de arrancar”, disse o nadador no final da prova, que concluiu com a marca de 4.27,96, a 10.ª melhor do conjunto das duas eliminatórias.

David Grachat, de 34 anos, admitiu saber à partida “que ia ser muito difícil” conseguir um resultado na final, agendada para a tarde e para a qual o australiano Alexander Tuckfield, que nadou a distância em 4.14,26 minutos, parte com o melhor tempo.

“Cheguei aqui com o 11.º tempo do ‘ranking’ mundial, sabia que ia ser muito complicado”, afirmou o nadador, que em 2017 foi vice-campeão mundial da distância, depois de ter sido sexto classificado nos Jogos Londres2012 e oitavo no Rio de Janeiro, em 2016.

Grachat, que soma a quarta participação em Jogos Paralímpicos e não vai disputar mais provas em Tóquio, admitiu ainda não ter pensado no futuro da carreira.

“Vou sentar-me com o meu treinador e vamos conversar. Mais tarde, de cabeça fria, irei pensar se vou continuar, ou se termino a carreira”, disse.

Grachat, o único dos seis nadadores que representam Portugal em Tóquio2020 com experiência em Jogos Paralímpicos, mostrou-se orgulhoso com o rejuvenescimento da equipa e admitiu que “gostaria de ter conseguido um resultado melhor pelos mais novos”.

“A equipa é muito jovem, eu sou o veterano. Fico triste por não ter conseguido um bom resultado, também por eles, porque acho que mereciam ver-me chegar à final”, referiu.

Habituado a competições paralímpicas, o nadador considerou que os Jogos Tóquio2020, afetados pela pandemia de covid-19, “são diferentes a todos os níveis” e lamentou a ausência de público nas competições: “É uma sensação agridoce ver a piscina vazia”.