“Comecei com o pé errado, acusei alguma pressão. Sinto que poderia ter sido muito melhor”, afirmou Susana Veiga no final da prova, que nadou em 29,61 segundos e marcou a estreia em competições paralímpicas.

A nadadora disse “estar triste, porque podia ter feito melhor”, mas admitiu saber à partida que garantir um lugar na final, para a qual a chinesa Meng Zhang partiu com o oitavo tempo (28,93) e Anastasiia Gontar, do Comité Paralímpico da Rússia (RPC), com o melhor (27,48), ia ser difícil.

“Sabia que ir à final era difícil. O meu objetivo era o tempo e fiquei longe do meu recorde, de 28,85, que conseguiu nos Europeus, na Madeira”, afirmou a nadadora, de 21 anos.

Susana Veiga, que tem um encurtamento do fémur e falta de mobilidade na perna direita, é campeã europeia e vice-campeã mundial dos 50 metros livres S9, mas competiu na classe S10, com atletas com menor grau de deficiência, porque nos Jogos Paralímpicos não existe a prova da sua categoria.

A nadadora, do Clube de Natação Colégio Vasco da Gama, garantiu estar a viver “um sonho” com a presença nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, mas assumiu estar a viver “alguma pressão”.

“Sinto que estou a viver numa Disney em versão desporto, estou a tentar aproveitar isto ao máximo. Mas, se calhar, a nível psicológico não estou a 100% para estar aqui”, disse.

Após a prestação “menos conseguida” nos 50 metros livres S10, Susana Veiga vai apontar agora o foco para a prova dos 100 metros livres S9, que vai disputar na terça-feira.

“É preciso esquecer esta prova e olhar para a frente”, afirmou a nadadora, lembrando que os bons resultados conseguidos esta época, durante a qual conquistou duas medalhas nos Europeus, disputados em maio, no Funchal.

“A época foi extraordinária e, se calhar, agora estou a lidar com a pressão”, disse a nadadora, que é vice-campeã europeia dos 100 metros livres S9.