O Comité Paralímpico Internacional (IPC) juntou-se ao homólogo olímpico para criticar a quebra da trégua olímpica por parte da Rússia, que lançou uma ofensiva militar sobre território ucraniano.
A trégua começou em 04 de fevereiro e estende-se até 20 de março, e a sua quebra representa, declarou o presidente do IPC, Andrew Parsons, “uma situação verdadeiramente horrível”.
Depois dos Jogos Olímpicos de Inverno, os Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim2022 vão decorrer de 04 a 13 de março na capital chinesa.
O organismo diz que a resolução que aprova o período de trégua olímpica foi aprovada em 02 de dezembro de 2021 pela Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas (ONU), de forma consensual pelos 193 estados-membros.
“A nossa principal prioridade é a segurança e bem-estar da delegação ucraniana, com quem estamos em diálogo frequente. O presidente do Comité Paralímpico Ucraniano, Valeriy Sushkevych, informou-me que os seus atletas pretendem competir em Pequim2022, mas colocar lá a equipa será um desafio monstruoso”, explicou.
Para Parsons, “os líderes mundiais devem respeitar o seu compromisso com a trégua olímpica, em particular os estados-membros que a copatrocinaram”, e os Jogos devem mostrar que os atletas de países diferentes podem “competir uns com os outros, e não contra outros”.
Antes, o Comité Olímpico Internacional (COI) tinha condenado “energicamente o incumprimento da trégua olímpica” por parte da Rússia.
No comunicado, o COI garante estar “profundamente preocupado com a segurança da comunidade olímpica na Ucrânia” e acrescenta ter “criado um grupo de trabalho para acompanhar a situação e coordenar a assistência humanitária a membros dessa comunidade”.
A Rússia lançou uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.
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