O 33-31 foi um desfecho afortunado para os 'azuis', campeões olímpicos, após empate com os nórdicos, tricampeões mundiais, ao intervalo (14-14) e também no final do tempo regulamentar (27-27), numa partida marcada pelo equilíbrio e pela grande eficácia de ambos os conjuntos a defender.
O jogo acabou por ser a 'desforra' da última final do Mundial, recolocando os gauleses no topo europeu - há 10 anos que não se sagravam campeões continentais, quando já jogava Nikola Karabatic.
O lendário jogador, de 40 anos, ainda esteve nesta final, devendo retirar-se nos Jogos Olímpicos Paris2024 - a exemplo de Mikkel Hansen, o dinamarquês que anotou nove golos na final, para se tornar o melhor anotador de sempre em Europeus, com 296, mais um do que Karabatic.
A França sucede à Suécia no palmarés do Europeu, repetindo os títulos de 2006, 2010 e 2014, continuando a ser a grande potência das duas últimas décadas.
Não foi fácil o caminho da França, na parte final do torneio, já que a meia-final contra a Suécia também fora a prolongamento.
Mais uma vez, também, os franceses tiveram de recuperar de uma iminente derrota, com Ludovic Fàbregas a empatar a 30 segundos do tempo regulamentar, relançando o ânimo entre os 'azuis'.
Fàbregas também esteve a grande nível no prolongamento, com um golo a igualar a 29-29, a cinco minutos do fim, antes de a França passar definitivamente para a frente do marcador.
O goleador Dika Mem, até então 'em branco', conseguiu depois dois 'momentos mágicos', concluídos com golo, tirando hipóteses de reação à Dinamarca.
Pela Dinamarca, grande destaque para o 'granítico' guarda-redes Emil Nielsen, com 15 defesas que lhe valeram a distinção de ‘MVP’, e para Mikkel Hansen, claro, no ano que deverá marcar o adeus à seleção.
Nas bancadas, era evidente a maior falange de apoio da Dinamarca, o que pouco pareceu afetar a 'olímpica' calma dos franceses, a seleção mais consistente dos últimos anos, sempre no top-4 dos torneios em que participa.
Mais cedo, no jogo para o terceiro lugar, a Suécia, a campeã de há dois anos, derrotou a anfitriã Alemanha, por 34-31, muito bem comandada pelo guarda-redes Andreas Palicka (19 defesas, 44% de eficácia).
O bronze dos suecos qualifica-os diretamente para o torneio olímpico, enquanto a Alemanha ainda vai passar pelos torneios pré-olímpicos para chegar a Paris2024.
Os suecos beneficiam da vaga de campeão continental, já que a França já estava qualificada, como organizadora dos Jogos Olímpicos, e a Dinamarca como campeã mundial.
Felix Claar liderou o ataque dos suecos, anotando oito golos.
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