O ponta-esquerdo Diogo Branquinho quer ajudar a seleção portuguesa de andebol a escrever “uma bonita página” no Euro2020, que passa por vencer no domingo a Bósnia-Herzegovina e ficar ainda mais perto da qualificação para a ronda principal.
“Esperamos um jogo dificílimo e temos de o encarar como se fosse o jogo das nossas vidas, porque temos uma muito boa oportunidade de fazer uma bonita página para o andebol português e não a podemos desperdiçar”, disse Diogo Branquinho, em encontro com a comunicação social na cidade norueguesa de Trondheim, anfitriã do grupo D da fase final do torneio.
O jogador da equipa das 'quinas’ espera uma seleção bósnia “extremamente combativa” e “muito forte fisicamente”, mas, após o triunfo na jornada inaugural sobre a favoritíssima França, por 28-25, só pensa em “lutar para ficar o maior número de dias possível no torneio”.
A seleção lusa, que apenas defrontou os bósnios duas vezes (um triunfo para cada lado), até pode assegurar o apuramento antecipado, caso se imponha à equipa dos Balcãs e os franceses, campeões europeus em 2006, 2010 e 2014, percam ou empatem com a Noruega.
“Falamos muito pouco das outras contas. As melhores contas são muito fáceis de fazer: ganharmos amanhã [domingo] à Bósnia. Ganharmos à Bósnia dá-nos conforto. Depois pensamos no resto, mas primeiro temos de ganhar e pelo máximo número de golos possível”, assinalou.
Diogo Branquinho foi o melhor marcador de Portugal frente aos franceses e um dos dois melhores do encontro, em igualdade com Dika Mem, ambos com cinco golos, mas teve 100% de eficácia, em contraponto com 56% do gaulês.
“Foi um jogo muito especial. Estávamos muitos nervosos no início. Era o primeiro de quase toda a gente [no Europeu]. Mas rapidamente recuperámos a nossa postura lá para os 5/10 minutos da primeira parte e conseguimos voltar a ser Portugal, fiéis às nossas ideias”, observou.
O ponta-esquerdo foi o jogador com maior tempo de utilização (59.47 minutos), mas, ainda assim, teve muita dificuldade em adormecer: “Há uma reflexão enorme a seguir ao jogo. Lembramo-nos dos lances e, sobretudo, dos nossos erros. Mesmo num jogo como o de ontem [sexta-feira] houve muitos erros que temos de trabalhar e já hoje o fizemos.”
O lateral-direito João Ferraz também considerou que a vitória sobre a França foi “muito importante”, mas advertiu que os dois pontos conquistados “não servem de nada” se Portugal não conseguir conquistar mais, a começar já pelo confronto com a Bósnia, uma seleção “muito forte”.
O pivô Luís Frade, o mais jovem da equipa lusa, com 21 anos, consagrou o dia de hoje a “voltar à Terra, treinar, estudar o próximo adversário e focar no próximo jogo”, alertando, tal como João Ferraz, que os atuais dois pontos “ainda não chegam” e são precisos, “pelo menos, mais dois”.
“A cada treino e a cada jogo sentimo-nos mais confiantes. Estamos muito bem defensivamente e temos, lá atrás, a ajuda do [guarda-redes Alfredo] Quintana. Assim, é quase impossível marcarem-nos mais de 30 golos”, notou o pivô Alexis Borges.
A equipa das 'quinas’ defronta a Bósnia no pavilhão Trondheim Spectrum, a partir das 16:00 (menos uma hora em Lisboa), antes de a Noruega, vice-campeã mundial em exercício, jogar com a França, medalha de bronze no último Campeonato do Mundo, em partidas da segunda jornada do grupo D.
A seleção lusa, que apenas defrontou os bósnios duas vezes (um triunfo para cada lado), até pode assegurar o apuramento antecipado, caso se imponha à equipa dos Balcãs e os franceses, campeões europeus em 2006, 2010 e 2014, percam ou empatem com a Noruega.
Portugal, que disputa pela sexta vez a fase final do Europeu - no qual tem como melhor resultado o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia -, após 14 anos de ausência, encerra a participação na fase preliminar da prova na terça-feira, frente à Noruega, em Trondheim.
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