Portugal inicia quinta-feira frente à Grécia a participação no Euro 2024 de andebol, em Munique, com os olhos postos na passagem à fase principal e no acesso aos torneios pré-olímpicos para Paris2024.
Nunca a importância de começar com uma vitória se aplicou tão bem como para o primeiro jogo dos portugueses no Grupo F, em que só o triunfo sobre a Grécia interessa para depender apenas de si para avançar para a ‘main round’ (fase principal).
A renovada seleção nacional, com a inclusão dos estreantes Pedro Oliveira, Gonçalo Vieira, Ricardo Brandão e Joaquim Nazaré, prossegue frente à Republica Checa, no sábado, e fecha a primeira fase com a tricampeã mundial Dinamarca, em 15 de janeiro.
Portugal é favorito frente à Grécia e à República Checa, mas terá de impor essa condição dentro da quadra de jogo, e se somar duas vitórias nas duas primeiras jornadas, selando o apuramento para a fase seguinte, pode encarar de forma mais tranquila a Dinamarca.
Nos três encontros oficiais disputados com a Grécia, Portugal venceu dois e perdeu um, enquanto com a Republica Checa, que é uma seleção mais perigosa, o saldo é ligeiramente desfavorável (6-5). Nos cinco jogos disputados com a Dinamarca, a seleção portuguesa perdeu sempre.
No caminho português estão as estrelas dinamarquesas Niklas Landin, Mikkel Hansen, Magnus Landin, Rasmus Lauge, Magnus Saugstrup, Mathias Gidsel e Hans Lindberg, entre outras, orientadas pelo credenciado treinador Nikolaj Jacobsen.
Na Republica Checa, que tem uma equipa principal muito equilibrada, mas com pouco banco para o treinador Xavier Sabaté recorrer, os destaques vão para o guarda-redes Tomas Mrkva, Jakub Hrstka, Matej Klima, Tomas Babak, Vit Reichl, Stanislav Kasparek e Jakub Sterba.
A Grécia, liderada por Georgios Zaravinas, tem como jogadores mais credenciados o guarda-redes Petros Boukovinas, Georgios Papavasilis, Savvas Savvas, Charalampos Mallios, Nikolaos Liapis, Achileas Toskas e Diitros Tziras.
Na ‘main round’, o Grupo F, de Portugal, irá integrar o Grupo II, emparelhando com o D, das seleções favoritas da Noruega e da Eslovénia, e E, da campeã em titulo Suécia, pelo que a missão lusa, caso passe, ficará muito complicada para lutar pelas meias-finais.
O selecionador Paulo Jorge Pereira ficou privado dos lesionados Victor Iturriza, Fábio Magalhães e André Gomes – presentes no Mundial2023 – e recorreu a Gilberto Duarte (PAUC Handball, Fra), um regresso à seleção após um ano e meio, e Daymaro Salina (FC Porto), para ganhar músculo defensivo.
Com a integração dos novos elementos a média de idades da seleção desceu para os 25 anos e a experiencia acumulado por alguns, casos do central Miguel Martins (26), do pivô Luís Frade (25) e do lateral Francisco Costa (19), fazem destes jovens já ‘veteranos’.
A ‘espinha dorsal’ da seleção manteve-se com os guarda-redes Diogo Rêma e Gustavo Capdeville, os pontas Leonel Fernandes, António Areia e Pedro Portela, os laterais Alexandre Cavalcanti, Salvador Salvador e os centrais Rui Silva e Martim Costa.
Portugal vai disputar na Alemanha a sua sexta grande competição seguida, depois dos Europeus de 2020 e 2022, dos Mundiais de 2021 e 2023 e de Tóquio2020 (realizados em 2021 devido à covid-19), e quer alargar este registo a sete.
O Euro 2024, a disputar por 24 seleções num só país, a Alemanha, o que acontece pela primeira vez desde o atual formato da competição, apura o campeão para Paris 2024 e atribui três vagas para os três torneios pré-olímpicos.
Não só o campeão europeu tem via aberta para o torneio olímpico de Paris2024, a disputar de 25 de julho a 11 de agosto, como a classificação final abre três vagas, além das seleções já apuradas – a anfitriã França e a campeã mundial Dinamarca – para os torneios pré-olímpicos.
Os três torneios pré-olímpicos, a decorrer em março, com quatro seleções cada e que apuram os dois primeiros para Paris2024, registam já a presença de cinco seleções europeias, através da classificação final do Mundial2023: Espanha, Suécia, Alemanha, Noruega e Hungria.
Tendo em conta os critérios do apuramento olímpico, e no caso de as equipas já apuradas e as que já garantiram a qualificação para os torneios pré-olímpicos terminarem nas posições cimeiras, as vagas ainda em aberto podem ser atribuídas até ao 10.º classificado.
Para poder sonhar com Paris, Portugal tem de passar a primeira fase, terminando nas duas primeiras posições do Grupo F, e alcançar a melhor classificação possível na ‘main round’ e esperar que apenas as seleções já apuradas para Paris2024 e torneios pré-olímpicos fiquem à sua frente na classificação final.
Portugal, que vai acolher a competição em 2028, juntamente com a Espanha e a Suíça, depois de ter sido anfitrião da edição inaugural, em 1994, tem como melhor resultado o sexto lugar alcançado em 2020.
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