O FC Porto publicou nas suas plataformas digitais um vídeo de homenagem a Alfredo Quintana, guarda-redes da equipa de andebol dos azuis que faleceu esta sexta-feira.
"Agora temos uma missão: contar a quem não viu as histórias, as defesas, os jogos e o privilégio que foi ter Alfredo Quintana a defender a nossa baliza", escreveram os 'dragões' nas redes sociais.
Quintana: "Um homem grande em todas as dimensões"
O FC Porto lembra “um homem grande em todas as dimensões”, destacando as valências humanas do guarda-redes internacional português de andebol Alfredo Quintana, que morreu hoje após ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória na segunda-feira.
Num texto intitulado “Alfredo Quintana, Bravo!”, os ‘dragões’ lembram, no sítio oficial na Internet, o homem que defendeu as suas redes nos últimos anos, que se identificava com um clube cujas cores, o azul e branco, o lembravam da sua equipa predileta de basebol, os Industriales.
“Em dez anos a viver em Portugal, Alfredo Quintana ganhou muitos jogos e conquistou vários títulos, fez milhares defesas e afirmou-se como um dos melhores guarda-redes do andebol mundial. Mais importante do que isso, não demorou a ser reconhecido pelas qualidades humanas que eram indisfarçáveis e que tocaram todos os que acompanharam o seu percurso e com ele conviveram. A humildade e a extroversão, a simpatia e o respeito. O coração enorme”, pode ler-se na nota.
O texto do clube do Porto, mais do que os nove troféus nacionais conquistados, lembra a chegada do ‘gigante’, em 2011, após ser identificado por José Magalhães durante o pan-americano de 2010, no Chile, ainda ao serviço de Cuba, quatro anos antes de passar a representar Portugal.
Na década ao serviço do FC Porto, ganhou um Dragão de Ouro (2014), chegou à seleção portuguesa e com ela jogou o Europeu de 2020 e o Mundial de 2021, ano em que se preparava também para ‘atacar’ o pré-olímpico com vista a Tóquio2020, adiado para este verão.
"Portuense já era desde tempos mais remotos. Por isso, quando tinha saudades de Havana e do mar das Caraíbas, gostava de dar ‘um passeio até à Foz, para respirar as ondas’. E não escondia que apreciava francesinhas, como um bom tripeiro”, destaca o clube.
Ainda assim, “o melhor que lhe aconteceu no Porto”, dizem, foi a construção de uma família em conjunto, a partir de 2015, acima “do sucesso desportivo ou da integração perfeita numa realidade tão diferente da cubana”.
Na rede social Twitter, os portistas publicaram ainda um vídeo com momentos de Quintana e afirmaram terem agora em mãos “uma missão: contar a quem não viu as histórias, as defesas, os jogos e o privilégio que foi ter Alfredo Quintana” a defender a baliza.
Alfredo Quintana morreu hoje, aos 32 anos, após sofrer uma paragem cardiorrespiratória na segunda-feira, durante o treino dos ‘azuis e brancos’, ao serviço dos quais conquistou seis campeonatos, uma Taça e duas Supertaças.
Quintana, que completava 33 anos em 20 de março, foi assistido de imediato, com apoio de uma viatura do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), tendo sido transportado para o Hospital de São João depois de estabilizado.
Nascido em Havana (Cuba), o guarda-redes, de 2,01 metros, ingressou no FC Porto em 2010, naturalizou-se português e tornou-se internacional em 2014, tornando-se numa referência da equipa das ‘quinas’, que representou em 67 jogos, tendo feito parte das seleções que conquistaram o sexto lugar no Europeu de 2020 e o 10.º no Mundial 2021, as melhores classificações lusas de sempre.
Comentários