Clarisse Machanguana estreou-se esta segunda-feira na literatura moçambicana, como primeira etapa da sua carreira pós-basquetebol, depois de ter colocado ponto final à prática da modalidade no último Afrobasket 2013 em que ajudou a seleção moçambicana a qualificar-se para o Mundial 2014, a ter lugar na Turquia
O ato de lançamento deste livro intitulado «A estrela, luz da minha alma» teve lugar no Centro Recreativo do Universidade A Politécnica, contando com a presença do reitor desta instituição de ensino superior, Lourenço do Rosário, do Ministro da Juventude e Desportos, Fernando Sumbana Júnior, do Presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol, Francisco Mabjaia, do selecionador nacional Nasir Salé, dos pais da atleta e outros familiares e amigos.
A obra foi publicada sob chancela da Texto Editores e apresentada pelo Professor Doutor Domingos Artur, na qual Clarisse Machanguana faz um retrato dos 30 anos de carreira, aonde se destacam passagens pelo basquetebol português, italiano e teve o ponto mais alto a presença da Liga Feminina de Basquetebol Norte-Americano (WNBA), onde tornou-se a primeira moçambicana a jogar ao mais alto nível.
No livro, Clarisse Machanguana escreve que «sempre fomos inseparáveis uma da outra, eu e a luz da minha alma, e aos nove anos, no confim de África, o doce encanto da felicidade se apropriou da minha alma, maravilhando-me com o seu teatro de estrelas que emanavam dos céus. Uma memória dos seus primeiros passos da vida, cuja experiência o meu coração não quer desligar, abraçando-a como uma salva-vidas dentro de um oceano numa tempestade. Iniciei assim uma vida de malas de um país para outro, embora algures por onde passei, deixei de ouvir o cantar do galo que todas as manhãs me saudava, o perfume dos fruitos sucumbiu ao odor da modernização, enveredei por uma travessia humana que pagava a luz do espírito».
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