O partido 'Podemos' pediu ao Governo Espanhol que impeça a entrada em Espanha do Macabi Telavive, equipa israelita de basquetebol, assim como os seus adeptos, avança o jornal espanhol 'El Mundo'. Na terça-feira o clube israelita mede forças com o Real Madrid, na Euroliga de basquetebol.

O pedido foi feito pelo Secretário do partido, Pablo Fernández, numa conferência de imprensa realizada esta segunda-feira para explicar que o pedido será feito de forma oficial ao Ministério do Interior e dos Negócios Estrangeiros de Espanha.

O dirigente do partido de esquerda, da família social-democrata, justifica o pedido com as questões de segurança, para evitar confrontos com os adeptos israelitas e também evitar que os adeptos do Macabi Telavive possam cometer "apologia ao genocídio" do povo palestiniano, como aconteceu em 2014 em Amsterdão, num jogo da Liga Europa de futebol.

"Não queremos que em Espanha se faça apologia ao genocídio. O Maccabi Telavive representa um país genocida, algo que só por si deveria ser suficiente para impedir a sua entrada em Espanha", disse o dirigente.

Em 07 de novembro de 2024, a capital dos Países Baixos foi palco de confrontos entre adeptos israelitas e manifestantes contra a guerra em Gaza. Antes do jogo de futebol, para a Liga Europa, entre o Ajax e o Maccabi Tel Aviv, já a tensão era grande, com apoiantes deste clube a arrancarem bandeiras palestinianas, a queimarem uma bandeira palestiniana na praça central Dam e a vandalizarem um táxi.

Pelo menos dez israelitas ficaram feridos e a polícia deteve perto de 60 pessoas.

Antes do jogo de futebol, a tensão era grande. Segundo a polícia, os adeptos israelitas entoaram palavras de ordem anti-árabes, vandalizaram um táxi e queimaram uma bandeira palestiniana.

Na sequência dos incidentes, cinco pessoas foram condenados por violência e conspiração para cometer violência contra adeptos de futebol israelitas, em ataques que foram considerados antissemitas por muitos governos ocidentais.