O fundador e CEO da Hoppers, uma plataforma de comunidade de basquetebol afirmou à Lusa que ambiciona agarrar o mercado brasileiro de basquetebol de “70 milhões de fãs” e com a maior taxa de crescimento de adeptos da modalidade.
“O Brasil é o país do mundo com a maior taxa de crescimento de fãs do basquetebol” e “está num momento único em que as marcas olham para esta tribo urbana, para este movimento que existe”, frisou André Costa, na quinta-feira, no último dia da primeira edição da Web Summit no Rio de Janeiro.
O Brasil é uma aposta atual, e para o futuro da Hoopers - que tem como finalidade conectar jogadores, fãs, entusiastas do Basquetebol - na esperança que as portas do gigante mercado sul-americano se possam abrir para esta startup portuguesa que nasceu em 2020 e que já conta uma comunidade com cerca de 15.000 membros, concentrados em Espanha e Portugal.
“O mercado onde nós estamos [Brasil] tem uma escala completamente diferente dos mercados onde operamos atualmente” e a missão da Hoopers passa por capitalizar em cima dessa escala e dobrar o número de membros
“O objetivo é crescer muito rápido aqui no Brasil tirando partido da massa humana que aqui existe e que atualmente tem cerca de 70 milhões de fãs da nossa modalidade”, frisou o responsável da Hoopers, empresa que participou na que é considerada uma das maiores conferências internacionais de tecnologia através do apoio da Startup Portugal.
O trabalho desta startup é a interação entre os espaços físicos e o mundo digital.
“Desenvolvemos projetos que tem a ver com a recuperação de campos desportivos, com intervenções urbanas, em cima disso, construímos toda uma variável de conteúdos, produtos e usamos a tecnologia para casar cada uma destas peças”, explicou o responsável, que teve sempre uma ligação familiar ao basquetebol.
“Eu acho que eu passei uma boa parte da minha vida dentro de um campo de basquete, seja num pavilhão, na rua e dentro desse processo todo, foi sempre olhando para aquilo que eram as dificuldades que uma comunidade tinha e a fragmentação existente, pessoas dispersas em múltiplas plataformas e ainda com dificuldades de funcionar coisas tão básicas como encontrar um campo para jogar, conectar-me com a comunidade local, e aceder a conteúdos e produtos de forma fácil”, disse.
O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016, e vai manter-se na capital portuguesa até 2028. A empresa anunciou recentemente a expansão para o Médio Oriente, com a Web Summit Qatar prevista para o início de 2024.
Participaram nesta edição no Rio de Janeiro mais de 21.367 participantes de 91 países e 974 startups, representando 28 setores
Portugal está representado na Web Summit Rio por 25 'startups', a segunda maior delegação estrangeira, em áreas ligadas, entre outras, ao 'software', educação ou inteligência artificial.
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