Virginia Fuchs, pugisilta norte-americana, tinha em fevereiro último acusado positivo num controlo antidoping no qual foram detetados no seu organismo vestígios de letrozol, substância por vezes utilizada para mascarar o consumo de outros produtos, e de GW1516, um medicamento cujos efeitos são similares ao da EPO.

A pugilista, porém, desde o início jurou inocência e acabou por ser agora efetivamente ilibada pela Agência Antidipagem dos Estados Unidos, USADA, que deu razão aos argumentos de Virginia: as substâncias proibidas chegaram ao seu organismo por culpa de relações sexuais sem proteção com o namorado.

"As baixas quantidades de letrozol e de GW1516 detetadas na sua amostra são consistentes com uma exposição recente às substâncias através de transmissão sexual", pode ler-se num comunicado emitido pela USADA que confirma a inocência da pugilista.

Na sua conta oficial no twitter, a lutadora de 32 anos lembrou que sempre esteve tranquila, ciente da sua inocência, e mostrou-se satisfeita com o veredito, depois de se ter visto em risco de receber uma suspensão de, pelo menos, quatro anos.

"Estou aliviada, visto que a USADA completou uma exaustiva investigação e concluiu que se tratava de um caso isolado, não tendo em transgredido qualquer norma e podendo assim voltar de imediato à competição. Foi uma grande lição para mim e, agora que tudo acabou, estou totalmente concentrada em preparar-me para Tóquio", escreveu a pugilista, que pretende participar na categoria de pesos-mosca nos próximos Jogos Olímpicos.

Uma história que não é inédita e faz lembrar outras, no passado. Recentemente, uma canoísta canadiana ilibada de acusação de doping pelos mesmos motivos e, há alguns anos, o antigo futebolista italiano Marco Borriello, que vestiu as camisolas de Milan, Roma e Juventus, entre outros clubes, também justificou um controlo antidoping positivo com...um creme vaginal usado pela namorada na altura.