João Almeida deu hoje um passo decisivo para terminar no pódio do Tirreno-Adriático, ao ser terceiro na sexta etapa, novamente conquistada por Primoz Roglic, que se tornou no terceiro ciclista da história a fazer um 'hat-trick' na prova.

O corredor português da UAE Emirates foi um dos protagonistas dos 193 quilómetros com partida e chegada em Osimo, tentando a sua sorte na fase final da tirada, mas acabando por ser terceiro na meta, atrás de Roglic e de Tao Geoghegan Hart (INEOS).

O ‘indomável’ esloveno da Jumbo-Visma somou a terceira vitória consecutiva na importante corrida italiana e está lançado para, no domingo, subir ao pódio como vencedor daquela que é a sua primeira prova desde que abandonou a Vuelta2021 devido a queda e foi submetido a uma cirurgia ao ombro direito.

“Ele [Roglic] está super forte, o que não é uma surpresa. Estou satisfeito com a minha semana. Claro que queríamos vencer, mas podemos estar felizes com o pódio. Fizemos tudo o que podíamos”, concedeu Almeida, depois de cortar a meta em terceiro, com as mesmas 4:49.17 horas do vencedor, e de subir ao segundo lugar da geral, a 18 segundos do camisola azul.

‘Rogla’, que tem 23 segundos de vantagem sobre o terceiro classificado, Tao Geoghegan Hart, tornou-se hoje no terceiro ciclista a vencer três etapas consecutivas no Tirreno-Adriático, depois de Moreno Argentin (1992) e Óscar Freire (2005).

Importante no sucesso de hoje do esloveno terá sido o seu colega Wout van Aert, autor de um trabalho de excelência numa jornada que foi denominada ‘etapas dos muros’: finalmente de regresso ao nível que demonstrou na época passada, o belga desgastou os candidatos, deixando para Roglic a tarefa de ‘rematar’.

“Sei, por experiência própria, que não acabou até ter acabado”, referiu o ‘azarado’ tricampeão da Vuelta, ao ser questionado sobre se a sua vitória final na prova italiana era já uma realidade.

Embora ‘Rogla’ prefira ser cauteloso, o seu ‘vice’ na geral e líder da juventude deu por ‘entregue’ a camisola azul final.

“Senti-me bastante bem toda a jornada. A equipa fez um excelente trabalho durante todo o dia para proteger-me. Foi caótico, mas estava a sentir-me bem e, por isso, fiz a minha corrida. Penso que correu muito bem e que o ciclista mais forte venceu”, resumiu João Almeida, que, no domingo, no final dos 154 quilómetros com partida e chegada a San Benedetto del Tronto e sem dificuldades na parte final, deverá subir ao pódio como segundo classificado.

Nelson Oliveira, o outro português em prova, foi hoje 34.º classificado, a 2.29 minutos do vencedor, depois de ter trabalhado para o seu líder na Movistar, o espanhol Enric Mas, que foi quarto na etapa e ocupa o 33.º posto da geral, a 11.13 de Roglic.