O antigo ciclista Lance Armstrong disse hoje esperar que a revelação da verdade sobre o seu envolvimento em escândalos de doping contribua para um “futuro limpo” na modalidade.
Armstrong reagiu em comunicado ao relatório elaborado por uma comissão independente, segundo o qual alguns antigos dirigentes da União Ciclista Internacional (UCI) o protegeram nos escândalos de ‘doping’ para tentarem salvar a reputação da modalidade.
“Estou arrependido de muitas coisas que fiz, espero que a revelação da verdade traga um futuro brilhante à modalidade”, refere Armstrong, manifestando o desejo de que os mais jovens possam competir sem ter de escolher dopar-se e mentir.
O holandês Hein Verbruggen, que presidiu à UCI entre 1991 e 2005, e é um dos visados no relatório, considerou, também em comunicado, que o documento comprova a sua inocência.
“Estudei o relatório e estou satisfeito. Confirma o que sempre disse: nunca houve encobrimento, cumplicidade ou corrupção no caso Armstrong, ou em qualquer outro”, refere Verbruggen.
O antigo dirigente refere que quando chegou à UCI teve de “começar do zero” no que se refere à luta antidoping e considera injusto criticar a sua atuação sem ter isso em conta.
O relatório elaborado por uma comissão independente considera que alguns dos antigos dirigentes da UCI protegeram Lance Armstrong nos escândalos de ‘doping’ para tentarem salvar a reputação da modalidade.
O atual presidente da UCI, Brian Cookson, referiu que o relatório mostra que, no passado, o organismo “sofreu bastante com a má governação de indivíduos que tomaram decisões cruciais, que minaram os esforços de luta contra o ‘doping’”.
Brian Cookson, considerou que o “doping é um problema endémico” e assegurou que “agora é possível alinhar no ciclismo profissional sem ‘doping’” e que é preciso “proteger quem quer um ciclismo limpo”.
Em outubro de 2012, Lance Armstrong foi banido do desporto e perdeu as sete vitórias na Volta a França (conseguidas entre 1999 e 2005), depois de a Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) ter comprovado o seu envolvimento no que considerou o “mais sofisticado sistema de dopagem da história do desporto”.
Em janeiro de 2013, o texano confessou o recurso ao ‘doping’ numa entrevista televisiva e admitiu que em 1995 o recurso ao ‘doping’ estava completamente generalizado.
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