Este artigo tem mais de 11 anos
Médico Eufemiano Fuentes recusou entregar as bolsas de sangue recolhidas às autoridades desportivas.
O médico Eufemiano Fuentes, principal figura do caso de doping “Operação Puerto”, foi hoje condenado a um ano de prisão pela juíza do caso, que recusou entregar as bolsas de sangue recolhidas às autoridades desportivas.
Além da pena a Fuentes, também o preparador físico José Ignacio Labarta foi condenado a quatro meses de prisão, enquanto os outros três arguidos foram absolvidos: Manolo Saiz e Vicente Belda, ex-diretores desportivos, e Yolanda Fuentes, antiga responsável clínica das equipas Kelme e Comunidad Valenciana.
A juíza Julia Patricia Santamaría considerou que Eufemiano Fuentes foi o autor direto de um crime contra a saúde pública e que Labarta era cúmplice, sancionando o primeiro com 10 anos de suspensão do exercício de medicina desportiva.
Na leitura do acórdão, a magistrada recusou a pretensão da Agência Mundial Antidopagem (AMA), da União Ciclista Internacional (UCI), do Comité Olímpico Italiano (CONI) e da Real Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC), que pediam que lhes fossem entregues as bolsas de sangue recolhidas no laboratório de Fuentes.
A juíza justificou esta decisão com os direitos fundamentais dos desportistas, reconhecidos pela Constituição espanhola, ordenando que as amostras e o material informático apreendido nas investigações, iniciada em 2006, seja destruído mal a sentença transite em julgado.
O pedido de indemnização do antigo ciclista Jesus Manzano, que denunciou o caso, também foi rejeitado pela juíza, que considerou que este aceitou voluntariamente submeter-se a práticas de dopagem.
Comentários