Já foi um dos mais reputados ciclistas do pelotão internacional, mas agora o alemão Stefan Schumacher (Christina Watches-Kuma) prefere não se assumir como candidato a uma Volta a Portugal “demasiado” tudo para as suas caraterísticas.
Vencedor de duas etapas no Giro2006, medalha de bronze nos Mundiais de 2007, vencedor da Amstel Gold Race e vencedor, posteriormente desclassificado, dos dois contrarrelógios do Tour2008, devido a um positivo por CERA (EPO de terceira geração), Schumacher caiu em desgraça, colaborou com as autoridades antidopagem e voltou a correr em agosto de 2010, com vitórias e pódios em provas menos reconhecidas.
Por isso, agora o discurso do líder da Christina Watches-Kuma é outro e baseia-se na premissa de “ganhar a Volta a Portugal é difícil” e sustenta-se nos argumentos “as etapas vão ser muito longas” e “há muita montanha”.
“Já olhei para o livro da prova e o percurso é muito longo, demasiado difícil para mim. Não fui feito para o calor, acima dos 35 graus é demais”, assumiu em conversa com a agência Lusa.
Aos 33 anos, o ciclista, que passou pela Team Telekom e pela Gerolsteiner e disse que dopar-se era tão natural “como comer um prato de pasta”, está concentrado em lutar pela vitória no contrarrelógio.
“Não estamos a pensar na geral, mas em ganhar alguma etapa”, assumiu.
Pela primeira vez na Volta a Portugal, Stefan Schumacher pouco sabe sobre o pelotão nacional, além do essencial.
“Ouvi alguns nomes, disseram-me que há muitos trepadores fortes. Tenho muito respeito por esses tipos”, revelou o polémico ciclista, que encontrou na equipa dinamarquesa o porto de abrigo ideal para recomeçar a sua carreira.
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