O ciclista português João Almeida (UAE Emirates) afirmou hoje querer vencer a classificação da juventude da Volta a Itália, que lidera, e ocupar o pódio final da prova que corre pela quarta vez.

“É o meu último ano [de elegibilidade para a camisola branca]. No ano passado, a covid-19 tirou-me a hipótese de a ganhar. Este ano espero conseguir, mas vamos ver, com a covid-19, de novo. Vamos ver o que acontece, tudo pode acontecer”, descreveu, após o final da 10.ª etapa.

Quarto na geral individual, a 22 segundos do líder, o britânico Geraint Thomas (INEOS), o português de 24 anos, quarto na edição de 2020, é agora o líder da juventude, depois do abandono do belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), por covid-19, ainda no domingo.

Para o que resta do Giro, e na luta pela ‘maglia bianca’ e pelo pódio geral, quer seguir otimista. “Vamos manter-nos positivos, mas de uma boa forma”, brincou.

Para essa luta pelos três primeiros lugares, diz acreditar em si mesmo e na “boa preparação” até aqui, sentindo-se “bastante bem” com a forma como tem evoluído nos vários dias.

“Tenho rivais complicados, mas acredito que posso ganhar. Se não se acredita, não se alcança. O meu objetivo é o pódio”, declarou.

O dia de hoje, o primeiro sem Evenepoel e ganho pelo dinamarquês Magnus Cort (EF Education-Easy Post) a partir da fuga, foi “duro e stressante”.

“Teve condições muito duras. Só pensava em atravessar a meta e ir aquecer-me. Teve muito frio e muitos quilómetros”, analisou.

À frente do ciclista das Caldas da Rainha, só Thomas, campeão do Tour em 2018, seguido, a dois segundos, pelo esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo, e a cinco segundos pelo companheiro de equipa e compatriota Tao Geoghegan Hart, terceiro.

Na quarta-feira, a 11.ª etapa liga Camaiore a Tortona em 219 quilómetros, com três contagens de montanha, duas de terceira e uma de quarta categoria.