O português Ivo Oliveira assumiu a ambição de lutar pelas medalhas na prova de perseguição dos Mundiais de ciclismo de pista, que começam hoje na cidade holandesa de Apeldoorn, depois do sexto lugar em 2017.
“Eu parto para fazer melhor resultado do que no ano passado, tenho feito tempos que me permitem ir às finais, mas claro que a minha ambição é ir às finais e discutir as medalhas, seja a de ouro ou a de bronze, só tenho de estar num dia bom”, disse à agência Lusa o corredor da Hagens Berman Axeon.
A participação portuguesa nos Mundiais começa na quinta-feira, na prova de scratch, com Rui Oliveira (Hagens Berman Axeon), que vai disputar também, no sábado, as quatro corridas pontuáveis para o omnium. Ivo Oliveira entra na pista na quinta-feira, no mesmo dia em que João Matias (Vito-Feirense-BlackJack) alinha na corrida por pontos.
“É importante [lutar pelos primeiros lugares] para a pista porque é uma modalidade olímpica, como o ciclismo de estrada e o XCO, e nós temos bons resultados. Quanto mais conhecida for esta vertente, mais jovens vão experimentar e é nesse sentido que nós também trabalhamos. O ciclismo de pista não pode ser feito apenas por nós”, referiu Ivo Oliveira.
O corredor conquistou medalhas de prata nas três últimas provas internacionais em que disputou perseguição, casos dos Europeus de elite e sub-23 e na Taça do Mundo de Minsk, naquele que é um percurso com passagem desejável pelos Jogos Olímpicos de 2020.
“Este Mundial, assim como as Taças do Mundo que fizemos, vão dar continuidade ao plano para Tóquio2020. É um apuramento complicado, porque primeiro temos de nos qualificar para as Taças do Mundo de outubro, mas acho que é plenamente possível”, frisou.
Mesmo sem qualquer medalha em Mundiais de elite, Portugal conquistou o respeito dos outros países, com os resultados recentes nesta disciplina, segundo Ivo Oliveira.
“Sem dúvida que se nota uma diferença grande de há quatro ou cinco anos para cá. Na altura, Portugal era só mais uma nação e agora já não é bem assim, já somos vistos como uma grande potência europeia. Ganhámos este estatuto com os nossos resultados, trabalhámos para isso, acho que não nos olham com medo, mas com mais respeito”, rematou.
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