O ciclista checo Roman Kreuziger anunciou hoje que a União Ciclista Internacional (UCI) e a Agência Mundial Antidopagem (AMA) desistiram do processo que decorria contra si devido a alegadas práticas dopantes.

“Estou feliz e aliviado por este caso ter chegado ao fim. Foi um período muito difícil”, disse o corredor da Tinkoff-Saxo em comunicado, depois de conhecer que a UCI e a AMA retiraram o recurso apresentado no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) contra a decisão do Comité Olímpico Checo de ilibar o corredor.

Kreuziger foi sancionado pela entidade que tutela o ciclismo mundial em 2014 por apresentar irregularidades no passaporte biológico em dois períodos distintos (de março a agosto de 2011 e de abril de 2012 até ao final da Volta a Itália desse ano), nos quais corria pela Astana.

O ciclista checo foi dispensado pela Tinkoff-Saxo antes da Volta a França do ano passado, devido às acusações apresentadas contra si, mas foi readmitido pela equipa de Alberto Contador em setembro, depois do Comité Olímpico Checo o ter ilibado.

O TAS reabriu o caso de Kreuziger em outubro, depois da UCI, que defendia uma suspensão entre dois a quatro anos e a anulação dos resultados desportivos desde março de 2011, ter recorrido da decisão do organismo checo.

Num comunicado conjunto, hoje publicado, a UCI e AMA explicam que a sua decisão se baseia em informação recentemente obtida, que invalida o processo contra o ciclista de 29 anos.

A decisão das duas entidades acontece apenas uma semana antes da audiência marcada pelo TAS.

Numa tentativa de limpar o seu nome, Kreuziger, que foi quinto no Giro2011 e no Tour2013 e venceu a Amstel Gold Race em 2013, submeteu-se a um detetor de mentiras, em janeiro.