Nelson Oliveira, único português a terminar a prova de fundo dos Mundiais de ciclismo de Glasgow, notou que a corrida foi “muito dura”, enquanto João Almeida explicou que desistiu para evitar nova queda.
“Era uma corrida muito técnica, com um circuito final em que ou se estava bem colocado e se tinha pernas ou não era possível um bom resultado. No meu caso, até estava bem colocado, mas a fadiga foi-se instalando. A corrida fez-se muito dura. Tentámos honrar a camisola. Infelizmente, não foi possível melhor, mas na sexta-feira há mais”, afirmou Nelson Oliveira, referindo-se ao contrarrelógio de sexta-feira.
Oliveira, de 34 anos, foi 46.º classificado, a 14.13 minutos do neerlandês Mathieu van der Poel, novo campeão mundial, à frente do ‘arquirrival’ belga Wout van Aert e do esloveno Tadej Pogacar, respetivamente segundo e terceiro.
A jornada da seleção portuguesa começou mal, quando João Almeida caiu ainda antes da partida real para os 271,1 quilómetros entre Edimburgo e Glasgow, tendo o ‘líder’ luso ficado com algumas escoriações, nomeadamente no pulso esquerdo, e uma dor no pescoço nos momentos imediatos à queda.
Almeida acabaria por desistir na sexta volta ao circuito urbano de Glasgow, para não arriscar nova queda, segundo comunicado da Federação Portuguesa de Ciclismo, numa altura em que também André Carvalho e Ruben Guerreiro já tinham abandonado.
“Desde a paragem a velocidade foi sempre a 'top'. Fiquei para trás no momento em que caiu o Fernando Gaviria e já não consegui chegar à frente. No lugar em que se entra no circuito é onde se fica. Vamos passando corredores, mas há 'cortes' à frente e temos de perseguir outra vez”, explicou Carvalho, enquanto Guerreiro lamentou não ter conseguido entrar bem colocado “num circuito que parecia um critério”.
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