O ciclista colombiano Nairo Quintana, terceiro classificado da 100.ª Volta a França, reconheceu hoje que a distância para o camisola amarela Chris Froome (Sky) é demasiado grande para recuperar.
«Aceito que ganhar este Tour já não é um objetivo, a diferença para o Froome é demasiado grande», disse o ciclista da Movistar no final da 18.ª etapa, que terminou no Alpe d’Huez.
No entanto, o melhor jovem da Volta a França não podia estar mais satisfeito: «Nunca estive tão feliz como agora. Subi do sexto ao terceiro lugar da geral, consegui um minuto de vantagem para o Froome. Nem me dei conta que ele estava com problemas, porque o meu ritmo era o ideal».
Quintana anteviu duas etapas duras para os próximos dias e garantiu que o seu objetivo continua a ser estar no pódio em Paris, um sonho que quer alcançar.
Mas o ciclista da Movistar podia ter subido ainda mais na geral, de acordo com Joaquim Rodriguez (Katusha), que terminou a etapa ao lado do colombiano.
«Se tivesse havido mais colaboração entre mim e o Quintana ele podia ter sido segundo e eu terceiro, mas houve um controlo entre nós que não se entende nem da minha parte nem da dele. É uma pena, porque teríamos trabalhado muito bem», analisou o agora quinto classificado da geral.
“Purito” reconheceu que os dois são ambiciosos e queriam fazer o melhor possível, mas que teriam ganho mais ao roubar o segundo lugar a Alberto Contador.
«Nos próximos dias pode acontecer algo importante. A Movistar está muito moralizada com o Quintana e a minha equipa também. E o Alberto não se vai render. O Froome hoje mostrou muita fraqueza», disse.
Já o espanhol da Saxo-Tinkoff reconheceu ter tido um dia «muito mau», que quase lhe custava o segundo lugar.
«Atacámos na descida, porque o pelotão ia muito devagar, mas depois passámos mal. Apesar de tudo, ainda conseguimos minimizar as perdas e agora temos de recuperar o quanto antes», destacou Contador.
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