Nelson Oliveira (Movistar) e Rui Costa (UAE-Emirates) coincidiram hoje na satisfação por terem voltado a integrar o pelotão da Volta a França em bicicleta, congratulando-se por terem superado a primeira etapa da 106.ª edição sem percalços.
Cumpridos os primeiros 194,5 quilómetros deste Tour, Nelson Oliveira era um homem de sorriso aberto: “Estar de regresso é bom, já tinha saudades”.
Ausente nas últimas duas edições, o ciclista da Movistar, que concluiu a primeira etapa na 94.ª posição, com as mesmas 4:22.47 horas que o vencedor, o holandês Mike Teunissen (Jumbo-Visma), confirmou à agência Lusa que as sensações hoje “foram boas” e congratulou-se por ter ‘escapado’ aos incidentes do dia, nomeadamente à queda do dinamarquês Jakob Fuglsang (Astana), que aconteceu mesmo à sua frente.
“[A etapa] foi um bocadinho nervosa, a primeira etapa é-o sempre, especialmente no Tour. Tentei ajudar os líderes o máximo que podia e já está uma etapa menos”, sintetizou.
Discurso semelhante teve Rui Costa, visivelmente feliz por um regresso que “foi muito bom, por acaso até melhor do que esperava”.
“Por estranho que pareça, não houve muito stress hoje durante a etapa, apesar de ter sido um percurso bastante complicado, onde havia setores de ‘pavé’ e estradas bastantes estreitas. Penso que em geral hoje todos os atletas iam com muita atenção, muita precaução. Só na parte final houve duas quedas. De resto, a etapa foi bastante tranquila”, avaliou em declarações à Lusa.
A alinhar no seu nono Tour – em 2018, falhou a prova francesa por lesão -, o campeão mundial de fundo de 2013 mostrou-se impressionado com o ‘Grand Départ’ desenhado pelos belgas, elogiando a cerimónia que decorreu hoje na Grand-Place de Bruxelas e que fez parar o pelotão para saudar o campeoníssimo Eddy Merckx.
“Foi espetacular, espetacular. Sair da Bélgica é fabuloso, porque o apoio aqui é enorme e poder contar com tanto público é fantástico”, sublinhou o português, que cumpriu a primeira tirada integrado no pelotão, ocupando o 120.º lugar, com o mesmo tempo de Teunissen.
O outro português, o ‘estreante’ José Gonçalves (Katusha Alpecin), foi 102.º classificado.
Devido às bonificações atribuídas ao vencedor, os portugueses estão todos a 10 segundos da camisola amarela.
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